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Continuando a nossa reflexão sobre a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, recordamos que no mês passado havíamos meditado sobre o tema dos jovens nas Sagradas Escrituras. Neste artigo, concentraremos a nossa atenção na pessoa de Cristo e no significado de sua juventude para a nossa vida, que comparece no segundo capítulo da referida exortação.
O Papa Francisco sublinha que Jesus, o Verbo Encarnado, também viveu a vitalidade própria da juventude. Foi justamente em sua jovialidade que nosso Senhor desenvolveu o seu ministério público e ofertou-se na cruz pela nossa salvação. Alguns episódios são característicos sobre Jesus em sua juventude: o regresso de sua família a Nazaré; o seu batismo no Jordão; a perda e o encontro no Templo; etc. Todos esses episódios indicam que Jesus foi se formando sob a luz da Palavra de Deus, pela força da Graça e com a orientação de sua família, Maria e José.
Todos esses momentos significativos da juventude de Jesus iluminam a nossa vida ao nos ensinar que também nós precisamos nos preparar para a missão que nos compete. É preciso que nos amadureçamos em nossa relação com Deus e com os irmãos, a fim de assumir a nossa vocação específica na comunidade dos fiéis, na família de Deus.
De um ponto de vista mais geral, o Papa recorda que a nossa vocação é “acender estrelas na noite de outros jovens”, pois o Senhor “convida-nos a olhar os verdadeiros astros, ou seja, aqueles sinais tão variados que Ele nos dá para não ficarmos parados, mas imitarmos o semeador que observava as estrelas para poder lavrar o campo” (Christus Vivit, 33).
Francisco indica que a maior luz para a juventude e para toda a humanidade é o próprio Cristo, pois é Ele que, com sua vida e alegria, nos cumula da paz que vem de Deus. Cristo iluminou os santos e estes, por sua vez, projetam a luz do Senhor sobre nós, a fim de que a nossa própria existência seja luminosa para outros jovens, para as pessoas que convivem conosco.
Retenhamos o ensinamento do Papa: “ser jovem, mais do que uma idade, é um estado do coração” (Christus Vivit, 34). Neste sentido, a Igreja continua sendo jovem e com a capacidade de renovar a sua juventude em Deus, mesmo sendo uma instituição bimilenar. Precisamos ser uma Igreja com contínua disposição para a renovação e para redescobrir o entusiasmo que brota do Evangelho.
Finalmente, Francisco encerra este segundo capítulo recordando a figura resplandecente de Maria, que nunca deixou de ser jovem, pois jamais perdeu o entusiasmo missionário e a alegria que brota do Evangelho. A força do “sim” de Maria ecoa na história da humanidade, considerando que “aquela jovenzinha é, hoje, a Mãe que vela pelos filhos: por nós, seus filhos, que muitas vezes caminhamos na vida cansados, carentes, mas desejosos que a luz da esperança não se apague. Isto é o que queremos: que a luz da esperança não se apague” (Christus Vivit, 48).
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