ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
A espera por um filho, seja ele biológico ou adotivo, mobiliza os pais e toda a família. Não podemos negar que essa expectativa gera idealizações quando pensamos em características físicas e emocionais que os filhos possam herdar ou desenvolver.
Muitas vezes, ao receber um filho que seja portador de qualquer tipo de deficiência, podemos mobilizar em nós uma diversidade de sentimentos como culpa, rejeição, pavor, medo, negação e isolamento social por não conseguir lidar, naquele momento, com essa pessoa que requer cuidados específicos.
Contato com outros pais
Quando um filho deficiente chega à família, o contato com outros pais de crianças deficientes pode ser importante. Conhecer associações, participar delas, conhecer tratamentos e formas de melhor viver e dar qualidade de vida ao seu filho são etapas muito importantes e toda a família pode ser beneficiada.
Não é incomum que os pais se percebam incapazes de lidar com todas as situações advindas da chegada de um filho deficiente. As mudanças no papel de pais, o desdobramento para situações simples como sair de casa, a percepção de novos valores e estilos de vida serão intensamente vivenciadas em cada família.
Ao encontrar pessoas que vivem a mesma situação, a família pode dar um significado diferente às suas dúvidas e preocupações, e assim ter outras visões a respeito da deficiência.
Possíveis comportamentos dos pais
“As reações a esta criança podem trazer à tona vários tipos de comportamentos: negação da realidade da deficiência; lamentações e comiseração dos pais para com a sua própria sorte; ambivalência em relação à criança, ou seja, rejeição e projeção da dificuldade como causa da deficiência; sentimentos de culpa, vergonha, depressão e padrões de mútua dependência (TELFORD, 1976).”
Se tais situações aconteceram ou acontecem em sua família, não se envergonhe, pois elas são normais. É importante que possamos perceber que crianças com limites físicos ou psíquicos podem se desenvolver se forem acompanhadas. Não podemos retirar os obstáculos, mas podemos avaliar a alegria na superação de cada dificuldade.
O que fazer?
Falamos sobre culpa, um sentimento que se faz presente; porém, quando mergulhamos profundamente nele, acabamos nos inibindo, entristecendo e entrando num estado que, muitas vezes, nos paralisa.
A dica é não viver essa realidade sozinho. Reconhecer, nos aspectos médicos, o que a criança tem é fundamental; mas até que possamos chegar a um diagnóstico, este caminho não é fácil; no entanto, é preciso aceitar e buscar ajuda.
A partir do momento que reconhecemos o que essa criança tem, é muito mais fácil ajudá-la. A culpa dará lugar às ações e, com isso, poderemos crescer no relacionamento com o filho e com a família. Nem sempre a explicação dos motivos que levaram à deficiência ficará clara, mas a aceitação e a ação serão poderosas aliadas na superação dessas dificuldades.
Por Elaine Ribeiro dos Santos
Canção Nova
Comments0