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Os seres vivos tendem a se aproximar. As pessoas possuem um magnetismo que, por um lado, pode energizar ou, por outro, também pode sugar. Essa troca de energia é comunicação e a buscamos porque restabelece o nosso equilíbrio e nos tira da solidão. Dessa forma, a aproximação nos faz bem porque a comunicação significa troca de energia.
Algumas pessoas são assim: simplificam a vida, descomplicam a existência e a tornam mais leve. Uma situação desesperadora é amenizada, uma verdadeira tempestade se transforma em bonança; os piores momentos se tornam possíveis de ser enfrentados. Se é assim na vida a ponto de se transformar em vida nova, o mesmo também acontece na vida espiritual e, em especial, na nossa prática da oração e na devoção a Maria.
Essa energia, que se chama virtude, de nossa parte é adquirida pela oração e pela contemplação. Assim como acontece com a bateria de um aparelho, que se energiza pela conexão à fonte, também nós nos “energizamos” pela graça, com a oração. Em nossa relação com Deus e com a Virgem Maria, quanto mais nos aproximamos em oração, no nosso dia a dia, mais adquirimos as virtudes que lhe são próprias ou que nós estamos dispostos a acolher. Que virtudes seriam essas? As mais próximas e simples são fé, esperança, caridade e obediência.
Pela fé, Maria acreditou no projeto de Deus a seu respeito, não teve por que duvidar; pela esperança, Maria acreditou firmemente que Deus seria fiel ao cumprimento de sua promessa; enfim, pela caridade, Maria viveu intensamente a sua vocação à maternidade e à vida, dando a Jesus o que podia haver de melhor: sua doação e seu carinho. Pela obediência, Maria se aproxima de nós e nos ensina à confiança total nos desígnios de Deus.
Para alcançar a maturidade na fé, o caminho é intensificar a vida espiritual, buscando em Maria o modelo para alcançar a união perfeita com o Pai.
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