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A multidão que toma as ruas nos quinze quilômetros da Romaria dos Homens na Festa da Penha pode causar a um desavisado admiração e espanto diante de tamanha grandiosidade, mas essas manifestações e expressões de fé não assustam os fiéis devotos, acostumados que estão a ver Maria, a Virgem feita Igreja, sempre no meio do povo, de muito povo.
Das três devoções marianas – Aparecida, Círio de Nazaré e Penha – que reúnem os devotos na casa dos milhões, a mais antiga está no topo de um morro em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo. Ali do alto, a Virgem das Alegrias acompanha os seus devotos, que sobem a 154 metros de altitude em busca de sua proteção e reconhecimento pelas graças alcançadas.
A devoção à Padroeira do Brasil começa quando pescadores encontram a imagem de Nossa Senhora Aparecida em 1717 e, no Círio de Nazaré, em 1700, quando foi encontrada uma imagem da Virgem em um igarapé paraense. No Espírito Santo, essa devoção chega em 1558 com o frade espanhol Frei Pedro Palácios. No início, ele morava numa gruta ao pé do morro em Vila Velha; com o tempo, edificou uma ermida dedicada a São Francisco de Assis no espaço que hoje se chama Campinho, abaixo da grande rocha, onde colocou um painel de Nossa Senhora das Alegrias, que trouxera de Portugal e ainda se encontra no convento.
Com a construção da ermida sobre o penhasco, a imagem do altar-mor passou a ser denominada Nossa Senhora da Penha, fazendo referência ao penhasco (pedra). Essa imagem veio de Portugal, em 1568, a pedido de Frei Palácios e foi entronizada em 1570, com a primeira Festa da Penha. Por sinal, o santo frade só esperou a conclusão da festa para viver a sua Páscoa, exatamente no altar da ermida de São Francisco.
A Festa de Nossa Senhora da Penha é celebrada anualmente na liturgia da Oitava da Páscoa, reverenciada com o belíssimo título mariano que a piedade popular deu à mãe de Deus: Nossa Senhora das Alegrias. Essa devoção surge no início do século XV na Itália, entre os franciscanos, com a chamada “coroa franciscana” ou as “sete alegrias da Santíssima Virgem Maria”.
Em 1644 foi construída a nova igreja, transformando a capela existente em capela-mor. Em 1651, anexa à capela, no topo da rocha, foi iniciada a construção do convento. Era pequeno, para poucos frades. Em 1750 foi remodelado e completado, ficando como se encontra hoje.
Nossa Senhora da Penha foi proclamada Padroeira do Estado do Espírito Santo pela bula do Papa Urbano VIII, em 23 de março de 1630, que, segundo consta nos documentos, só foi confirmada em 26 de janeiro de 1908, após o resultado de um plebiscito realizado em todas as paróquias do Estado. A aprovação do Vaticano ocorreu em 27 de novembro de 1912.
Visto de todos os ângulos, o Convento da Penha é o “farol” da fé, guiando os capixabas e os devotos que vêm de todos os Estados do Brasil. Ao longo do oitavário da Festa da Penha, todos se voltam com Maria ao Senhor ressuscitado que “renova todas as coisas” (Ap 21,5).
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