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Em mais de um século, a organização tornou-se referência no atendimento das vítimas de desastres e na realização de ações preventivas de saúde e garantia de direitos humanitários.
Há mais de cem anos era fundada a Cruz Vermelha Brasileira (CVB), a partir da aprovação de seu estatuto no dia 5 de dezembro de 1908. Tendo no centro da sua atuação o atendimento ao sofrimento humano, sem qualquer tipo de distinção de raça, religião ou condição social, a instituição faz parte do Movimento Internacional de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
A associação civil sem fins lucrativos, de natureza filantrópica e independente, teve como primeiro presidente o sanitarista Oswaldo Cruz e, desde sua fundação, atua baseando-se nos seguintes princípios fundamentais:
Segundo Júlio Cals, presidente da Cruz Vermelha Brasileira, o trabalho da instituição prevê o apoio das pessoas em situação de risco, quando vitimadas por desastres, além da prevenção de tais situações por meio de atividades que ocorrem nos âmbitos local, regional e nacional: “A Cruz Vermelha Brasileira atua por meio de voluntários e profissionais treinados em diversas áreas, como saúde, socorro e apoio psicossocial. Sua estrutura inclui programas de assistência humanitária, socorro em desastres, saúde, educação e ações sociais para apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade. As atividades são coordenadas em níveis locais, regionais e nacionais para responder às necessidades específicas das comunidades”, explicou o presidente.
Parte desse trabalho ocorre com a proposta de prevenir e formar alunos de unidades escolares para o gerenciamento de situações de risco. Para Júlio, “As formações nas escolas visam a educar os estudantes sobre medidas preventivas e de segurança em casos de acidentes e desastres naturais, que incluem treinamentos sobre primeiros socorros, planos de evacuação, identificação de riscos e ações para lidar com emergências. A importância desse trabalho reside na preparação das comunidades para lidar com situações adversas, reduzindo riscos, salvando vidas e promovendo a resiliência diante de desastres. Essa educação é essencial para capacitar as gerações futuras a lidar com eventos imprevisíveis e a se protegerem”.
Quando as situações que ferem a humanidade das pessoas não podem ser evitadas, a Cruz Vermelha Brasileira atua, fortemente, na gestão de riscos de desastres.
“A Cruz Vermelha Brasileira desempenha um papel crucial na reestruturação após desastres. Isso inclui fornecer ajuda emergencial imediata, comida, água e assistência em primeiros socorros e apoio psicossocial para depois contribuir na reabilitação das comunidades afetadas. Isso pode envolver a reconstrução de infraestruturas danificadas, apoio psicossocial para aqueles afetados, programas de subsistência para ajudar na recuperação econômica e programas de educação para prevenir futuros desastres”, descreveu Júlio.
A organização também trabalha em parceria com outras agências e governos para coordenar esforços e garantir uma resposta abrangente e todos os processos são alinhados aos protocolos da Política Nacional de Gestão de Riscos de Desastres.
Na lista de ações realizadas, destacam-se: captação de alerta de riscos, condução de mobilização comunitária, gestão de abrigos temporários, voluntariado, doação e apoio à saúde com a prestação de primeiros socorros, apoio psicossocial e primeiros socorros psicológicos, além da reconstrução dos locais destruídos e a distribuição de donativos.
Atualmente, o trabalho da Cruz Vermelha Brasileira se dá por meio de um conjunto de programas humanitários, formado por ações contínuas que são revisadas a cada dois anos. Os principais projetos são apresentados a seguir.
A fim de combater a desigualdade social a partir da criação de cidades inteligentes, a Cruz Vermelha Brasileira utiliza a tecnologia para ampliar o desenvolvimento humano e a superação de vulnerabilidades, como a construção de casas autossustentáveis por impressão 3D. Esses espaços são projetados para promover dignidade e segurança às pessoas mais pobres, compostos por ambientes integradores com biblioteca comunitária, horta e espaços comerciais.
Com a prioridade de promover a inclusão social de pessoas com deficiências motoras, o dispositivo Colibri permite a utilização de computadores a partir de movimentos com a cabeça e piscar de olhos.
O programa de educação da Cruz Vermelha Brasileira é formado por uma série de estratégias de aprendizagem, acesso e permanência escolar. Entre as ações realizadas está a distribuição de material escolar para estudantes, com idades entre 6 e 8 anos, de escolas públicas presentes em municípios com baixos índices de desenvolvimento humano ou residentes em comunidades em situações de vulnerabilidade social.
Neste período pós-pandêmico, a Cruz Vermelha Brasileira também vem capacitando os profissionais da educação em todo o país para melhor abordarem as questões psicológicas apresentadas pelos estudantes.
Além disto, atua por meio dos projetos Florescer, Menina Ajuda Menina e o Ciclo de Empoderamento na garantia de dignidade menstrual de adolescentes, com a oferta de produtos de higiene pessoal adequados.
Tendo em vista a realidade de insegurança alimentar no Brasil, a Cruz Vermelha Brasileira promove ações emergenciais de combate a essa realidade, como distribuição de cartão alimentação para famílias e suplementação para crianças em situação de vulnerabilidade social, hortas comunitárias desenvolvidas em áreas públicas e um selo de boas práticas para exemplos de sucesso na gestão da alimentação de escolas públicas.
Desde março de 2019, todas as escolas de ensino básico e recreação infantil do Brasil devem garantir que professores e colaboradores estejam capacitados para a realização de primeiros socorros. A norma foi estabelecida pela Lei 13.722, de 4 de outubro de 2018, também conhecida como “Lei Lucas”.
A determinação tem esse nome em homenagem ao menino Lucas Bengali, 10, morto em 2017. O estudante de uma escola particular da cidade de Campinas (SP) sofreu um engasgamento durante uma excursão escolar. Na ocasião, os profissionais que acompanhavam o passeio não souberam como proceder e, devido às complicações, o menino faleceu dois dias depois do ocorrido.
Em cumprimento à lei e em consonância com as diretrizes do Centro de Referência Global em Primeiros Socorros da Federação Internacional da Cruz Vermelha, a Cruz Vermelha Brasileira tornou-se referência na formação para situações de risco, ministrando cursos sobre o tema.
As formações têm carga horária mínima de quatro horas e o conteúdo é adaptado às necessidades de cada ambiente escolar. Ao fim das aulas são emitidos os certificados conforme determinado pela lei, o que garante a conformidade do estabelecimento de ensino.
É possível agendar o treinamento e adquirir mais informações sobre as aulas pelo e-mail gestaodecaptacao@cvb.org.br.
O Programa SOMAR CVB permite o angariamento de recursos para a manutenção das atividades humanitárias. Com doações a partir de R$ 15,00 mensais é possível ajudar a Cruz Vermelha Brasileira a continuar sua missão de estar presente em situações que ferem a dignidade humana. Acesse cruzvermelha.org.br e saiba como ajudar.
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