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“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele“. O trecho do Evangelho de São Lucas é o lema da Campanha da Fraternidade desse ano e visa refletir sobre a prática da caridade, em especial na Quaresma, tempo em que a Igreja faz um forte apelo à conversão.
Nesse contexto, a Diocese de Parnaíba realizou na última quinta-feira (5), no Colégio Diocesano, o Seminário que discute a temática da Campanha. Estiveram presentes representantes de grupos, movimentos e pastorais da diocese, estudantes, professores autoridades e representantes de órgãos públicos e da sociedade em geral.
Dom Juarez Sousa, bispo diocesano, chamou a atenção para a superação da indiferença. “O trecho do Evangelho diz que o samaritano ao ver o homem sentiu compaixão e cuidou dele. Somos convidados hoje a nos perguntar: o que devo fazer hoje diante de tantos caídos pelas estradas da nossa sociedade, das nossas comunidades, das ruas de nossa cidade, dos campos, das periferias? Jesus mostra um modo diferente de olhar a pessoa, de perceber a realidade que levou aquele samaritano a aproximar-se, porque o meu próximo não é aquele com quem eu tenho uma certa intimidade, não é só aquele que vem até mim com sua necessidade, mas é aquele de quem eu me faço próximo e com ele eu gasto tempo, gasto dinheiro, mudo a rota do meu itinerário para me encontrar com ele”, destacou.
“No tempo da Quaresma, a Igreja propõe temas sociais de abordagem. As três causas de morte para os jovens no Brasil são homicídios, acidentes de trânsito e suicídio. A Campanha da Fraternidade traz essa discussão e aponta os dados a nível nacional e local. São emergências e situações concretas que nós precisamos conversar e discutir”, afirmou o professor Carlos Alberto Amorim, pós-graduado em Direito e Democracia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Em vídeo enviado ao público da Conferência, Padre Patrick Samuel, secretário executivo de Campanhas da CNBB, incentivou a prática das ações propostas pela CF nesse ano: “A Igreja no Brasil nos convida a um grande mutirão de solidariedade e amor em favor da vida. É preciso cultivar em nós as atitudes do bom samaritano: ver, compadecer e cuidar. Ter a capacidade de interromper a nossa rotina para cuidar daqueles que estão à beira do caminho. É o Senhor quem nos chama, para que possamos ainda mais, nesse caminho quaresmal, converter os nossos corações para a vida, dom de Deus”, apontou.
Ir. Magali Gavazzoni, graduada em Pedagogia e coordenadora da Pastoral da Criança da Diocese, dirigiu aos participantes questionamentos pertinentes à vida cristã: “Qual vai ser sua marca nessa história? Qual vai ser o seu legado nesse território em que você vive? Como você quer ser lembrado? Como Jesus que passou fazendo o bem? Como Santa Dulce dos Pobres? Ela (Santa Dulce) deixou um legado imenso em defesa da vida quando outros nem olhavam para aquela realidade, sempre apostando, acreditando que um novo jeito de viver é possível, um novo modo de ser cristão é possível”, concluiu.
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