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“A mulher suplicou: ‘Senhor, dá-me desta água (…)’.” (João 4,15a)
Neste mês vocacional a Revista Ave Maria destaca a vocação religiosa e consagrada feminina. As mulheres que se consagram a Deus muitas vezes vivem sua vocação no silêncio do serviço. São milhares as congregações religiosas femininas que com carismas diversos enriquecem a Igreja.
Com relação às vocações em geral, ouvimos de muitos fiéis sobre a diminuição do número delas. Não falta chamado, mas falta adesão, falta coragem, falta coração atento, faltam ouvidos afiados. São tantas as vozes que clamam no mundo de hoje, tantas propostas, que o convite de amor de Deus acaba por não ser ouvido e, mesmo que o jovem o ouça, a dificuldade se encontra em dizer “sim”.
As famílias estão mais reduzidas (por razões lógicas), com poucos filhos, às vezes um único filho; os pais em geral constroem uma redoma em torno dos rebentos, o clã deve ser preservado, os filhos já nascem com a difícil tarefa de responder aos anseios dos progenitores. Muitas das jovens com quem conversei sobre vocação disseram que a maior resistência foi de seus familiares.
Deus parou de chamar?
Não!
A semente plantada pelo Pai é sufocada, sobretudo, pelo medo de ser diferente.
Muitas congregações religiosas e até dioceses lamentam a falta de vocações, porém, nós, padres, religiosos e religiosas, também somos responsáveis pela situação atual. Os jovens precisam de referências, precisam ver nossa alegria e isso geralmente não acontece, vivemos nossa consagração como um encargo e não como doação. Ninguém subirá numa barca agitada pelo vento se aqueles que estão no leme estiverem sentados esperando a morte chegar.
Deus parou de chamar?
Não! Definitivamente, não!
Seja Deus a nossa força!
Pe. Luís Erlin, cmf.
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