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“Peço a todos que sigam o testemunho de Santa Dulce e colaborem para transformar a vida de tanta gente que precisa do cuidado, do carinho e do amor”, conclamou Maria Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e sobrinha de Santa Dulce dos Pobres, durante a cerimônia de abertura da Campanha da Fraternidade 2020, nesta Quarta-feira de Cinzas, 26, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
Maria Rita recordou emocionada a indicação do arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger, de aproveitar o período da quaresma “para fazer um mutirão de cuidado, transformar vidas” e ressaltou: “é disso que o Brasil precisa. E nós podemos ser exemplos para a sociedade”.
Partindo do lema da Campanha da Fraternidade 2020, “Viu, sentiu compaixão e cuidou” (…), Maria Rita lembrou a proximidade desta passagem do Bom Samaritano da vida de irmã Dulce, que desde criança buscava ajudar quem precisava.
“O que a gente vai vivenciar nesse período da quaresma, irmã Dulce vivenciou sua vida toda: Viu, sentiu compaixão e cuidou dele com amor. E ela dizia muito: o importante é fazer a caridade, não falar na caridade. Uma pessoa humilde, simples, nunca procurou divulgar o que fazia e sim estar sempre perto daqueles que mais precisavam. Sua obra é hoje seu maior testemunho”, disse Maria Rita.
Irmã Dulce sempre esteve ligada à missão do amar e servir, destacou Maria Rita, mesmo que implicasse em comprometimento das atividades no Convento. “Quantas pessoas ela salvou, ela cuidou ao longo de sua vida”, mensura a superintendente das Osid.
As obras formam atualmente, segundo Maria Rita, “uma grande holding social”, com mais de 960 leitos disponíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS), com atendimento diversificado a idosos, assistência integral, cuidados paliativos, pessoas com necessidades especiais, moradores de rua, alcoolistas, crianças e jovens em situação de risco, além da administração de hospitais nas cidades baianas de Irecê, Barreiras e Santa Rita de Cássia. O testemunho de Santa Dulce também chega aos mais de 4,5 mil profissionais que atuam na obras, como os médicos que, segundo Maria Rita, “aprendem não só a técnica da boa medicina, mas também a humanização, tão importante nos dias de hoje para o profissionais”.
Práticas Quaresmais
A vida de Irmã Dulce também refletia as obras quaresmais propostas pela Igreja na preparação para a Páscoa. Maria Rita recordou que Santa Dulce estava sempre em oração e indicava essa atitude de constante contato com Deus, “mesmo que estivesse atendendo um paciente ou aguardando uma pessoa importante para uma reunião”.
O Anjo Bom da Bahia considerava como maior alimento a oração. “É como o ar que a gente respira. Irmã Dulce praticava muitas vezes o jejum, não só na Quaresma, mas em toda a sua vida, se alimentando pouco, porque ela vivia em estreita comunhão com Deus”, lembrou Maria Rita.
A esmola, como atitude quaresmal e caritativa, não é um fim em si mesma. A sobrinha de irmã Dulce lembrou que a Santa brasileira dizia: “a gente não pode dar uma esmola e dizer que já fizemos a nossa parte. A pessoa que pede a nossa ajuda ela quer mais que a nossa esmola, ela quer um carinho, quer o amor, quer o cuidado”. De acordo com Maria Rita, “isso ela soube ensinar muito bem a todas as pessoas que trabalharam com ela”.
Fotos: CNBB/Willian Bonfin
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