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“Viu, sentiu compaixão e cuidou ele.”
(Lc 10,33-34)
“Se a gente cresce com os golpes duros da vida,
também podemos crescer com os toques suaves a alma.”
(Cora Coralina)
A vida é marcadamente feita de encontros, tecituras que vão se entrelaçando e formando laços no caminho da existência de cada ser humano. Somos frutos desses encontros: biologicamente, necessitamos que nossos antepassados fossem se encontrando, enamorando e constituindo as suas histórias para que fosse possível a nossa como ela é. Do mesmo modo, no campo das relações, vamos sendo constituídos a partir de encontros. Alguns são rápidos e superficiais, outros são mais duradouros e nos marcam desde dentro, cada um deles possui sua importância em nossa história.
Ao mesmo tempo em que somos marcados, também marcamos aqueles com quem partilhamos a vida – em breves ou duradouros momentos. Como diz o adágio, “Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Daí surge a necessidade de sermos corresponsáveis uns pela existência dos outros.
Cada ser humano é um solo sagrado com suas histórias, dores, sonhos e medos. Cada um, em sua individualidade e particularidade, é um universo a ser descoberto, cuidado e amado. É um solo sagrado, assim como aquele no qual Deus apareceu na sarça ardente a Moisés: “Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa” (Ex 3,5).
Essa é uma grande lição. Ao encontrarmos uma vida, devemos chegar ao seu solo sagrado com a reverência que aquela história merece, ou seja, com os pés descalços para não causar danos, ouvir com atenção o que aquele ser humano tem a nos dizer dos mais diversos modos. Compartilhar a história e, quando necessário, ser bálsamo para curar as feridas daquele coração. Só assim faz sentido.
Certa vez li algo que dizia “Somente uma alma ferida e curada pode ajudar outras almas feridas a se curarem”. Sejamos no meio do mundo essas presenças de cura para aqueles que cruzarem o nosso caminho e conosco partilharem suas existências. O mundo anda ferido pelas dores tantas e necessita de pessoas dispostas a cuidar, assim como o Mestre de Nazaré, que tanto nos ensinou sobre cura e cuidado com a pessoa humana. Tenhamos essa coragem e formaremos uma humanidade de cuidadores uns dos outros. Eis a nossa missão.
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