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Renato e Júlia conversavam a respeito do filho Júnior. Era tempo de o menino participar da catequese. Foram até a paróquia e fizeram a inscrição dele. O pároco os recebeu com muita atenção e alegria e falou com eles sobre a importância e a seriedade da catequese para o bom desenvolvimento de seu filho. Lembrou-lhes também dos compromissos que deveriam assumir.
O primeiro deles era participar, junto com a comunidade, da celebração da Eucaristia no domingo, dia do Senhor. Eles passaram a fazer isso com interesse e foram conhecendo melhor a vida cristã, assumindo mais a vida na fé e descobrindo a riqueza da nossa espiritualidade cristã. Certo dia ouviram avisos sobre programas da comunidade a respeito da catequese para adultos. Era uma atividade para as pessoas que ainda não tinham sido batizadas ou não tinham sido crismadas ou nem feito ainda a Primeira Comunhão apesar da idade adulta. Mas, o convite era aberto a quem desejasse participar para aprofundar a vida cristã. Os pais de Júnior se inscreveram e fizeram uma experiência muito bela que os levou a entender e a viver melhor o que é ser cristão católico de verdade.
Podemos dar a nós mesmos a oportunidade de crescer espiritualmente, de viver com mais profundidade e compromisso a nossa vida cristã. Muitas vezes somos pessoas que crescemos física, intelectual, cultural, econômica e profissionalmente, porém, permanecemos infantis e imaturos na fé.
O ser humano é naturalmente um ser religioso. Isso faz parte da nossa natureza. Religião é um fenômeno natural. Mas, a fé é uma conquista, uma abertura, uma descoberta que precisa ser assumida. A fé cristã não é uma mera ou simples religião, é uma experiência de encontro pessoal com Jesus Cristo, que pedagogicamente revela o verdadeiro rosto de Deus e a vida de aliança com Ele.
Vemos nos Evangelhos que Jesus chamou algumas pessoas para segui-lo, como Pedro e seu irmão André, que pescavam à beira de um lago. Ao ouvir o convite de Jesus – “Venham comigo e eu ensinarei vocês a pescar gente” –, eles foram. Mais adiante Jesus chamou outros dois que consertavam as redes. Jesus os chamou e eles deixaram tudo e o seguiram (Mc 1,16-20).
O que aconteceu com eles acontece com todos. Não importa o que as pessoas estão fazendo ou como vivem. Jesus passa e chama. Essa atitude de Jesus revela o modo como Deus vem a nós. Deus nos fez livres e Ele respeita a nossa liberdade. Por isso Ele chama, propõe e espera a nossa escolha e a nossa resposta.
A vida humana é um exercício continuo de escolha. Viver é escolher e toda escolha inclui também renúncias. Toda vez que escolhemos algo renunciamos a algo. Escolha traz consequências. Cada escolha que fazemos vai definindo a pessoa que nos tornamos. Passamos a ser não apenas quem nascemos, mas o que vamos construindo com nossas escolhas, com nossa liberdade.
Nossa liberdade é o espaço onde Deus se apresenta a nós em Jesus. Jesus veio e passou pelos caminhos humanos. Viveu uma vida humana semelhante a todo ser humano, mas não experimentou o pecado, a negação do amor a Deus e ao próximo. Revelou ser Ele o Evangelho – palavra que significa uma novidade boa, uma boa notícia para vida das pessoas.
Hoje, como sempre, Jesus continua passando na vida das pessoas e as chama. Não importa o que elas estão fazendo ou como estão vivendo. Jesus passa e chama. Vemos nos Evangelhos que Jesus chama e as pessoas que acolhem seu chamado Ele as reúne e une. Ele nos garante que “Onde dois ou mais estiverem unidos no meu nome Eu estou ali no meio deles” (Mt 18,20). Assim, Jesus garante sua presença real, viva, em meio a seus seguidores.
A Igreja, mais que uma instituição ou organização, é uma comunidade de fé, que se encontra para professar a fé, celebrar a fé, viver a fé, orar na fé. É assim que a Igreja vive sua missão e se revela uma comunidade onde todos são iguais e ao mesmo tempo diferentes vivem e se nutrem da mesma verdade revelada por Cristo e registrada na Palavra escrita – a Bíblia –, que expressa a presença ativa e viva de Deus, que faz que sua Palavra seja mais que um texto escrito ou um livro, mas a sua própria revelação. Deus é a Palavra, fez-se palavra.
Por José Alem
Texto adaptado da edição de setembro Para ler os conteúdos na íntegra, clique aqui e assine a Revista Ave Maria.
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