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Isaac é filho de Abraão com Sara e pai dos gêmeos Esaú e Jacó. Alguns capítulos do Livro da Gênese são dedicados a esse personagem, considerado um dos patriarcas do Antigo Testamento. Isaac significa “ele ri”, pois está relacionado com o riso de seus pais quando foi anunciado seu nascimento. Por serem de idade avançada, os pais não acreditaram na promessa de Deus e começaram a rir pensando que seria uma falácia. Depois, Sara também se tornou objeto do riso quando Isaac nasceu.
“Isaac era o filho da promessa e o portador de Deus.” (Dicionário Bíblico, Ed. Paulus) A promessa consistia na bênção, na descendência numerosa e na posse da terra, três características que marcaram o legado dos patriarcas e sua obediência a Deus.
Certamente o episódio que mais é salientado da vida de Isaac é o seu sacrifício. A narrativa de Gênese 22,1-19 é muito forte e precisa ser entendida dentro do contexto da vocação de Isaac. O centro desse relato é Gênese 22,16.18: “Juro por mim mesmo, diz o Senhor: pois que fizeste isto, e não me recusaste teu filho, teu filho único, eu te abençoarei (…) porque obedeceste à minha voz”.
Abraão certamente toma consciência nesse episódio de que seu filho único é realmente escolhido pelo Altíssimo. Ele está diante do verdadeiro Deus da vida que não quer sacrifícios humanos, mas unicamente confiança na providência divina. Ao longo da história tivemos muitas interpretações equivocadas dessa passagem, criando a imagem de um Deus injusto que joga com os sentimentos humanos, mas a vocação de Isaac está relacionada com a bondade e o cuidado do Senhor.
A oferta de Abraão, ainda que dolorosa, está relacionada com a descendência numerosa e com a posse da terra, mas para Deus a vida está acima de tudo.
Por meio de Isaac, Deus nos mostra sua compaixão e amor pela humanidade que ele mesmo criou. Não está na essência do Criador a morte, mas a plenitude da vida.
Ampliando nossa compreensão, podemos dizer que Isaac, na sua pureza de menino, começa a entender que Deus lhe reservara uma missão importante. Ele conduzirá o povo, após a morte de seu pai, para assegurar a bênção e o carinho de Deus ao povo de Israel. Está no centro de seu chamado obedecer à voz de Deus com todas as dificuldades que lhe são peculiares.
Esse é o maior ensinamento que podemos tirar para nossa vida hoje. A vida é provada nos desafios. Aprender a renunciar e sacrificar algo para um bem maior não deve ser um peso e sim uma oportunidade de reflexão e mudança coerente.
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