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Provavelmente você ainda não ouviu falar muito destes símbolos: pastor e ovelhas, não é mesmo? Porém, na terra de Jesus, eles faziam parte da vida do povo. Por isso mesmo, a profissão de pastor era conhecida por todos. E os filhos, desde pequenos, aprendiam dos pais esse ofício de cuidar das ovelhas. O pastor usava praticamente dois instrumentos: o cajado e o bastão. Ambos eram feitos de pau (tipo vara, um pouco mais grossa). O bastão se diferenciava por uma curva que tinha na ponta. Isso facilitava o trabalho do pastor na hora de recolher e reunir as ovelhas.
A figura do pastor era tão valorizada porque a ovelha era um animal muito importante na Palestina. Para compreendermos o valor da ovelha naquela região, é só compará-la à importância da vaca para nós. Vamos perceber então para quantas coisas a ovelha servia.
Usavam-se sua carne e seu leite na alimentação, e com sua lã, as mulheres teciam e faziam roupas quentinhas e cobertores para o tempo do frio. Da sua pele (couro), faziam-se muitos objetos, como bolsas e sandálias. Além disso, a ovelha era mais que um animal de estimação. Uma grande “amizade” a unia à família de seus donos. Todos a queriam bem e a tratavam com muito carinho, principalmente o pastor! E ninguém gostava de matar uma ovelha.
Isso só acontecia mesmo em festas muito especiais.
BONS E MAUS PASTORES
Contudo, havia dois tipos de pastores: os bons e os maus. Os bons, quase sempre eram os donos das ovelhas (rebanho). Dedicavam seu tempo e suas vidas para cuidar bem delas. Pela manhã, levavam-nas ao campo, procuravam para elas as melhores pastagens, água fresquinha e, sombra, onde pudessem descansar. À noite, recolhiam-nas no curral. Protegiam-nas, também, dos lobos e de outros animais ferozes.
E os maus pastores? Quase todos eram empregados. Por isso, a preocupação deles era com o dinheiro que iam receber do patrão. Interessavam-se muito pouco pelas ovelhas. Um exemplo é a atitude deles diante do inimigo (lobo). Fugiam para salvar suas vidas do perigo, deixando que as ovelhas fossem atacadas, feridas e até devoradas. Além dos animais selvagens, muitos ladrões e assaltantes perseguiam as ovelhas. Nem com eles os maus pastores se importavam.
O que fez Jesus diante disso? Ele se preocupou, porque sabia que o que acontecia às ovelhas, acontecia também com as pessoas. Por isso, Jesus sentiu que precisava falar ao povo e esclarecê-lo. Foi então que ele contou a parábola do bom pastor, para mostrar ao povo do seu tempo, e também a nós hoje, como devemos estar atentos para reconhecer os dois tipos de pastores. E não é só isso. Jesus ensina ainda como devemos reagir diante deles. E agora, acompanhemos as palavras de Jesus. Você as encontra também no Evangelho de São João, capítulo 10, versículos de 11 a 15. Nesta história, Jesus compara as ovelhas ao povo e se apresenta como o bom pastor. Dá muitas explicações interessantes sobre as atitudes do verdadeiro e do falso pastor.
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário (empregado), que não é pastor, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo. Então o lobo ataca e espalha as ovelhas. O empregado foge porque trabalha só por dinheiro e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor: conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a vida pelas ovelhas.”
Então, o que você achou de importante nessa parábola? Deu para notar a diferença na atitude e no modo de agir do bom e do falso pastor?
Você reparou que Jesus chama a atenção de todos para uma atitude particular do verdadeiro pastor? Ele conhece suas ovelhas, e elas também o conhecem. Por isso mesmo, Jesus nos convida a segui-lo. Reconhecendo-o como o bom pastor, cada um de nós irá descobrir melhor o que significa o amor de Jesus e como ele se preocupa, de verdade, com o nosso bem. Prova disso, foi a sua vida, que ele entregou por todos nós. Especialmente na Páscoa, nós celebramos e lembramos a grandeza desse gesto de Jesus. Sua ressurreição conquistou-nos a vida em plenitude.
Ou seja. esta vida, que começa aqui e que cada um de nós recebeu, vem de Deus e nunca acabará. Sem dúvida, isso é algo maravilhoso, que faz a gente crescer e ser feliz.
Diante disso, você não acha que vale a pena voltarmos ao convite de Jesus? Afinal, quem é que não gostaria de cultivar dentro de si esta vida sem fim? E você sabe como essa vida cresce? Ela cresce a partir de nossas atitudes e gestos de amor, de partilha, de fraternidade, de perdão etc. E nisso, Jesus nos deu exemplo e nos diz: “Sigam por mím. Eu sou o caminho, a verdade e ávida”.
SEGUIR O BOM PASTOR
Certamente, você está se perguntando: “Como posso seguir hoje o bom pastor”? Voltemos, então, à parábola. Ela nos convida a estarmos atentos para percebermos a voz de Jesus entre as vozes de muitos falsos pastores, que estão em nosso meio…
Os exemplos nos ajudarão a compreender melhor. Comecemos pêlos políticos. Como eles nos enganam com suas promessas… Além disso, administram o dinheiro arrecadado com impostos em favor de seus interesses, em vez de aplicá-lo para o bem do povo.
Também os comunicadores. Precisamos estar atentos ao que eles dizem. E não podemos aceitar como verdade tudo o que vemos, ouvimos ou lemos. Pois, como sabemos, muitas notícias, entrevistas e reportagens mostram apenas uma parte da verdade. E a outra? Sem conhecê-la fica difícil julgar alguém. Se o fizermos podemos prejudicar outras pessoas. Ou nós mesmos nos prejudicamos.
Esta chamada de atenção vale também para os sermões e comentários da Bíblia que ouvimos. Hoje são inúmeras as pessoas que se apresentam como pregadoras da Palavra de Deus. Sem dúvida, tudo isso é válido e muito bom, mas esses pastores devem ser muito honestos, saber respeitar a liberdade das pessoas e ajudá-las a encontrar o caminho para Deus.
Percebemos, por aí, como é importante a gente saber distinguir os bons e os maus pastores.
E mais: poderemos ajudar outras pessoas (ovelhas) a se livrarem do engano e da armadilha de tantos falsos pastores que estão disfarçados por aí. Eles se dizem enviados por Deus para pregar em nome de Deus, mas não se interessam pelo bem das pessoas. Por isso, eles enganam o povo com falsos milagres (curas), só para levar seu dinheiro.
Eles não conseguem ajudar as pessoas, porque lhes faltam a força e a graça de Deus, que só os verdadeiros pastores possuem.
Jesus sabia disso, pois ninguém melhor do que ele conhecia e percebia mesmo a necessidade que o povo tinha de conhecer a Deus. Daí a insistência de sua pregação. E, muitas vezes, no Evangelho vemos Jesus indo ao encontro das multidões para lhes falar do Pai (Deus), do Reino. E ao mesmo tempo, ele dizia aos seus discípulos estas palavras, que ainda hoje ele dirige a nós: “Tenho pena desse povo, porque são como ovelhas sem pastor”.
E agora, fixemos novamente o nosso olhar em Jesus. Consideremos sua vida e suas atitudes. E respondamos:
1. Por que Jesus merece o título de bom pastor?
2. Como e em que situações podemos seguir Jesus hoje?
Fonte: Catequisar
adorei a explicação, estou preparando este tema para adultos, mas as explicações sobre o valor das ovelhas não tinha encontrado em nenhuma, muito bom.