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A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) nasceu do coração de um santo, o Papa São João Paulo II, e teve sua primeira edição celebrada em 1986 em nível diocesano. O Papa revelou, à época, que os jovens precisavam sentir-se acompanhados pela Igreja, ligados ao sucessor de Pedro, para comunicar a certeza que é Cristo, a verdade que é Cristo, o amor que é Cristo. Desde então, aconteceram quinze edições da Jornada Mundial da Juventude, sempre com a presença do Papa – desde São João Paulo II, com Bento XVI e, atualmente, o Papa Francisco.
Podemos afirmar que a Jornada Mundial da Juventude é testemunhal, que encoraja os jovens católicos a serem protagonistas da evangelização e a mostrarem sua força, sendo “sal da Terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14); é querigmática, pois, embora seja destinada primeiramente aos jovens católicos, é aberta a todos aqueles que se sentirem interessados e atraídos para uma autêntica experiência com Jesus Cristo; é eclesial, porque expressa a unidade da Igreja – os jovens com o Papa, a Igreja universal em união com as igrejas particulares, que também desenvolvem sua programação diocesana e paroquial; católica, pois evidencia a catolicidade da mesma Igreja, que alcança todos os povos, culturas e nações; fraterna, pois privilegia o acolhimento mútuo e experiências de fraternidade, trata-se de uma verdadeira festa com os jovens que enchem as ruas da cidade de alegria; sacramental, ao aproximar a juventude dos sacramentos, especialmente a Eucaristia e a Penitência; missionária, por ser fonte de um renovado dinamismo missionário – “ide!”.
O Papa Bento XVI referiu-se à Jornada Mundial da Juventude como “um remédio contra o cansaço de crer, uma nova evangelização ao vivo, um modo novo e rejuvenescido de ser cristão”¹. O Papa Francisco ensina que Deus é jovem e exorta os jovens a rejuvenescerem o rosto da Igreja: “Ele é jovem porque ‘faz todas as coisas novas’ e ama a novidade, porque se encanta e ama o êxtase, porque sabe sonhar e deseja os nossos sonhos, porque é forte e entusiasmado, porque constrói relacionamentos e nos pede para fazer o mesmo, é social”².
A Jornada Mundial da Juventude deste ano acontece em Lisboa, de 1º a 6 de agosto, com o tema “Maria levantou-se e partiu apressadamente” (Lc 1,39). No entremeio de tantos desafios e crises globais (crise climática e ambiental, esfriamento e declínio da fé cristã, guerras e conflitos, desemprego e falta de oportunidades aos jovens que ingressam no mercado de trabalho, desigualdades sociais que escandalizam, a Europa e a questão migratória, o fundamentalismo religioso e a intolerância, as fake news e os discursos de ódio, a polarização ideológica etc.), na terra onde Nossa Senhora apareceu a três jovens pastorinhos em 1917, que a Jornada Mundial da Juventude impulsione o protagonismo juvenil como uma chama de esperança e renovação para a Igreja e para o mundo³!
REFERÊNCIAS
1 – PAPA BENTO XVI. Discurso por ocasião da troca de votos natalícios com os cardeais, a Cúria Romana e a família Pontifícia (22 de dezembro de 2011).
2 – PAPA FRANCISCO. Deus é jovem: uma conversa com Thomas Leoncini. Tradução de João Carlos Almeida. São Paulo: Planeta, 2018.
3 – Para mais informações, acesse lisboa2023.org/pt/.
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