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O período da juventude é o mais belo e desafiante da vida, sobretudo porque é o tempo das descobertas, das decisões, do crescimento físico, psíquico e emocional, e das afirmações, incluindo as do âmbito da fé. É o tempo dos horizontes que se abrem para apresentar a vida como ela é aos jovens. A Igreja, por sua vez, não tem ficado alheia a essa realidade, garantindo que dentro dela há um lugar especial para todos, inclusive para os jovens.
No contexto atual, viver o período da juventude tem sido desafiador devido à enxurrada de informações que se apresentam aos jovens. Entre as tantas ideias que o mundo prega estão: “Na igreja não tem lugar para os jovens”, “Para que o jovem ir à Igreja?” ou ainda “É cafona ser um jovem cristão”. Enfim, esses e tantos outros pensamentos têm afrontado diretamente a eles, e pelo fato de ainda estarem em processo de escolhas e amadurecimento, muitas vezes tomam tais pensamentos como verdadeiros, o que ocasiona um grande prejuízo.
A Igreja, como mãe que é, tem observado de perto essas constatações do mundo moderno a fim de salvaguardar a vida desta camada da sociedade. Uma das grandes ações tem sido a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que foi criada em 1986 por São João Paulo II, tendo a primeira edição ocorrida naquele ano, em Roma. Este evento mundial é realizado, geralmente, a cada dois anos, com o intuito de reunir jovens de todo o universo católico e despertar nos que ainda não são Igreja o sentimento de que vale a pena seguir os passos de Jesus Cristo. Percebe-se, em cada edição, uma Igreja jovem para os jovens. A JMJ realizada no Brasil, em 2013, foi um marco divisor na história da evangelização da juventude neste país, reunindo mais de 4 milhões de peregrinos na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e até hoje a Igreja tem colhido os frutos dela. As paróquias, os movimentos, as pastorais e as novas comunidades tiveram um reavivamento juvenil no pós-jornada.
Agora há pouco, no início do mês de agosto, aconteceu a XXXVII Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, Portugal, e na cerimônia de acolhida as palavras do Papa Francisco foram encorajadoras e proféticas, além de cheias de emoção, ao dizer aos jovens que na Igreja há lugar para eles. “Na Igreja há espaço para todos, para todos. Na Igreja ninguém sobra, ninguém está demais, há espaço para todos. Assim como somos, todos. Isso Jesus o disse claramente, quando manda os apóstolos para chamar para o banquete que esse senhor havia preparado. Ele disse: ‘Saiam e tragam a todos. Jovens e velhos, saudáveis e doentes, justos e pecadores, todos, todos. Na Igreja há lugar para todos. ‘Ah, eu sou um desgraçado, uma desgraçada, tem lugar para mim? Há lugar para todos, todos juntos'”. Francisco fez com que os jovens pudessem enxergar que eles não são números, nem um a mais, são únicos e Deus os ama individualmente. “Amigo, amiga, se Deus te chama pelo nome, significa que, para Ele, nenhum de nós é um número, mas um rosto, uma cara, um coração (…) Jesus nunca fecha a porta, nunca, mas convida a entrar: ‘Entre e veja. Jesus recebe, Jesus acolhe'”.
Conscientes de que a Igreja tem estado muito atenta à evangelização da juventude e garante a eles que há um espaço todo especial para os mesmos serem Igreja, que cada jovem não perca tempo em ir, experimentar e viver sua juventude e todo o período de sua vida voltado para Deus, pois estar com Cristo é o melhor caminho para se ter uma juventude sadia e uma vida inteira feliz!
Jovem, que tal começar este caminho? Avante!
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