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SANTA MÃE DE DEUS
VISITA DOS MAGOS
NOSSA VOCAÇÃO CRISTÃ
INÍCIO DO ANÚNCIO DO EVANGELHO
AS BEM-AVENTURANÇAS
SANTA MÃE DE DEUS
Santa Maria, Mãe de Deus – 1º de janeiro de 2023
1ª LEITURA – NÚMEROS 6,22-27
“Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel,
e eu os abençoarei.”
Neste primeiro dia do ano, festejamos nossa mãe do Céu, Santa Maria, Mãe de Deus, pedindo que seu Filho nos abençoe. Entretanto, receber a bênção divina não significa ficar imunizado contra todos os males. Não! Nós, cristãos, teremos todos os males e dificuldades que atingem as demais pessoas. Nosso pedido da bênção de Deus é para que nos fortaleça contra aqueles problemas comuns a todos os mortais.
Hoje também se celebra em todo mundo o Dia da Paz. A paz é dom de Deus. Ter a paz do Senhor é ter forças para lutar contra nosso egoísmo, que nos tenta sempre a querer possuir as coisas dos outros.
Lembremo-nos desse mandamento, assim escrito no Antigo Testamento: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo. Não desejarás a casa do teu próximo, nem sua propriedade, nem seu servo ou serva, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que lhe pertença” (Dt 5,21).
O remédio para vencermos nosso egoísmo e sermos construtores da paz, principalmente no seio de nossa família, é a fidelidade à escuta da Palavra de Deus. Ele nos fala na mesa da Palavra, nos conselhos dos amigos e nos acontecimentos da vida.
SALMO 66(67),2-3.5-6.8 (R. 2A)
“Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção.”
2ª LEITURA – GÁLATAS 4,4-7
“Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher.”
A sagrada liturgia nos apresenta um trecho da carta de São Paulo, dirigida aos cristãos da Galácia, recordando-lhes a verdade fundamental que os devia animar (e a nós) a ter confiança em Deus: Ele não só nos criou por amor, num simples ato de sua vontade, mas também nos adotou como filhos adotivos seus com seu Filho único, que tomou um corpo no seio puríssimo de “uma mulher” (a Virgem Maria Santíssima) (cf. v. 4).
O apóstolo se extasiava com essa verdade magnífica de não só termos sido criados por Deus, mas sermos adotados como filhos e irmãos de Jesus: “A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: ‘Aba, Pai’” (v. 6). Com propriedade, pois, recitamos a oração do Pai-Nosso.
Se temos um Pai comum, somos todos irmãos uns dos outros. Como conclusão, devemos pensar bem dos outros, afastando, portanto, de nosso coração a inveja, o desejo de vingança e, com a graça de Deus, perdoando aos irmãos: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam” (Mt 6,12).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (HB 1,1-2)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“De muitos modos, Deus outrora
nos falou pelos profetas;
nestes tempos derradeiros,
nos falou pelo seu Filho.”
EVANGELHO – LUCAS 2,16-21
“Encontraram Maria e José e o recém-nascido.
E, oito dias depois, deram-lhe o nome de Jesus.”
Hoje, conforme vimos, comemora-se o Dia Mundial da Paz. Na noite de Natal, os anjos cantavam: “Glória a Deus no mais alto dos Céus e na Terra paz aos homens de boa vontade!” (v. 14). O que encontraram os pastores, dóceis ao convite dos anjos? “Acharam Maria e José e o Menino deitado na manjedoura.” (v. 22)
Certamente ficaram edificados com a pobreza extrema e a criatividade daquele casal para receber aquela criança em situação tão difícil, “porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7). Todavia, ali acabava de nascer Jesus, nome que lhe puseram seus pais, conforme o Anjo Gabriel tinha anunciado a Maria Santíssima.
Merece nossa atenção a maneira como Maria recebeu aqueles acontecimentos: “Conservava todas aquelas coisas, meditando-as no seu coração” (v. 19). Sabia entregar ao Senhor aquela imensa novidade sem se perturbar. Aprendamos com nossa mãe do Céu a entregar a Deus confiadamente nossas preocupações, certos de que Ele lhes dará o melhor desfecho.
Nossa Senhora é também modelo para todas as mães, por ter educado seu filho com palavras e gestos de amor, reconciliação e ajuda. É com as mães que os filhos aprendem a ser construtores da paz em suas vidas.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Rezo para vencer meu egoísmo e ser construtor da paz? Ciente de que sou irmão de todas as pessoas, penso bem delas e as perdoo se me ofendem? Como minha mãe do Céu, entrego minhas preocupações nas mãos do Senhor?
LEITURAS PARA A SEMANA DO TEMPO DE NATAL
ANTES DA EPIFANIA
VISITA DOS MAGOS
Epifania do Senhor – 8 de janeiro
1ª LEITURA – ISAÍAS 60,1-6
“Apareceu sobre ti a glória do Senhor.”
No domingo passado, refletimos sobre a manifestação do Menino Jesus aos pastores. Estes, uma vez recebido o anúncio dos anjos sobre o nascimento do Salvador, disseram uns aos outros: “Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou” (Lc 2,15). Hoje, a sagrada liturgia nos anuncia a manifestação aos santos Reis Magos que, após terem visto sua estrela no Oriente, vieram também adorar o Senhor (cf. Mt 2,2).
Nesta primeira leitura do profeta Isaías, meditamos sobre a comparação entre os tempos dos profetas e a chegada tão esperada do Messias a uma jovem, que tinha envelhecido e depois rejuvenesceu, querendo significar a nossa Igreja iluminada pela luz de Cristo.
De todas as partes do mundo, acorrem para ela povos de todas as raças, trazendo consigo a riqueza de suas culturas. Também nossas comunidades são enriquecidas com a variedade de membros, cada um com sua educação, cultura e hábitos variados.
Assim como nossa Igreja recebe todos os povos com amor, devemos cuidar para saber conviver com pessoas de gênios e gostos diferentes dos nossos. Nesse sentido, São Paulo nos escreveu: “O Deus da perseverança e da consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo” (Rm 15,5).
SALMO 71(72),1-2.7-8.10-13 (R. 11)
“As nações de toda a Terra hão de adorar-vos, ó Senhor!”
2ª LEITURA – EFÉSIOS 3,2-3A.5-6
“Agora foi-nos revelado
que os pagãos são coerdeiros das promessas.”
As palavras que encerram o texto desta carta de São Paulo aos efésios bem se ajustam à reflexão final da leitura anterior: “Os gentios são coerdeiros conosco [judeus], são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho” (v. 6). Assim, todas as pessoas de todas as nações são destinatárias da salvação de Deus. Dessa realidade tão linda surge a doutrina do corpo místico de Cristo: somos todos ligados, uns aos outros, membros de um corpo, do qual Nosso Senhor é a cabeça. Ele está continuamente levando ao Pai nossos sacrifícios espirituais e nos abençoando com a força de sua graça, que se propaga por todos os membros desse corpo (cf. 1Cor 12).
A consequência dessa doutrina é que os atos bons praticados diante do Senhor não beneficiam apenas a nós, mas a todas as outras pessoas do mundo inteiro por Nosso Senhor Jesus que vive e reina com o Pai desde sempre e para sempre. Quando, por desgraça, pecamos ou nos omitimos na prática do bem, prejudicamos nossos irmãos também. Oferecendo sacrifícios ao Senhor, Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897, França), tornou-se padroeira das missões, sem nunca ter saído do convento!
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 2,2)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Vimos sua estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor.”
EVANGELHO – MATEUS 2,1-12
“Viemos do Oriente adorar o Rei.”
Já na primeira leitura de hoje, o profeta Isaías, referindo-se à chegada do Messias, anunciava: “Levanta-te [Jerusalém], sê radiosa, eis a tua luz! (…) Sobre ti levanta-se o Senhor e sua glória te ilumina (…). Serás invadida por uma multidão de camelos, pelos dromedários (…) trazendo ouro e incenso e publicando os louvores do Senhor” (Is 60,1-2). São Mateus interpretou o episódio dos magos como sendo a realização dessa profecia.
A tradição, porém, deu nome aos três magos: Gaspar, Melquior e Baltazar. Após terem visto uma estrela de especial luminosidade, reconheceram nela o sinal de que o Messias havia chegado, cada qual em sua terra: um na África, outro na Europa e, por fim, um terceiro na Ásia. Por ela, guiados, eles se teriam encontrado nas proximidades de Jerusalém e, após informações, chegado a Belém. Lá, “entraram na casa e acharam o menino com Maria, sua mãe (…) adoraram-no e lhe ofereceram-lhe como presentes ouro, incenso e mirra (v. 11).
Para nós, encontraremos Jesus na sua Palavra e na sagrada Comunhão: sua Palavra para nos iluminar o caminho da salvação e seu corpo e sangue como alimento espiritual para termos força de por Ele seguir.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Peço ao Senhor sua graça a fim de saber conviver com os irmãos? Ofereço a Deus meus sacrifícios espirituais? Procuro ouvir ou ler a Palavra de Deus na Bíblia?
LEITURAS PARA A 1ª SEMANA DO TEMPO COMUM
NOSSA VOCAÇÃO CRISTÃ
2º domingo do Tempo Comum – 15 de janeiro
1ª LEITURA – ISAÍAS 49,3.5-6
“Farei de ti a luz das nações,
para que sejas minha salvação.”
Terminadas as solenidades de Natal com a Festa do Batismo de Jesus, entramos no Tempo Comum. Dessa maneira, nos domingos seguintes não haverá preparação para uma festa do Senhor, como acontece com o Tempo de Natal e o da Páscoa, mas nem por isso deixa de ser um período da liturgia muito importante.
É uma época preciosa durante a qual, domingo após domingo, a Palavra do Senhor nos ensinará o caminho para a santidade. Neste domingo, refletiremos sobre o início de nossa vocação cristã.
Nesta leitura, Isaías nos fala de nossa vocação de cristãos por meio da figura do servo, predestinado pelo Senhor desde toda a eternidade para servir os irmãos dentro do ambiente em que foi colocado.
Sacerdotes, religiosos(as) e leigos(as) somos todos chamados a ser luz de virtude. Não pensemos, porém, que cumpriremos nossa vocação por nós mesmos, mas só com a graça de Deus: “Porque o Senhor fez-me esta honra e meu Deus tornou-se minha força” (v. 5). Será pela oração cotidiana que alimentaremos nossa alma, assim como o alimento material precisa ser tomado todos os dias para nos fortificar o corpo.
SALMO 39(40),2.4AB.7-8A.8B-9.10 (R. 8A.9A)
“Eu disse: ‘Eis que venho, Senhor,
com prazer faço a vossa vontade!’”
2ª LEITURA – 1CORÍNTIOS 1,1-3
“A vós, graça e paz da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus!”
Como meditamos na primeira leitura somos chamados por Deus para a santidade. Só ele é santo, mas está ao nosso lado aqui e agora para nos conduzir para sua amizade. O que o apóstolo escreveu para os cristãos da Igreja de Corinto é importante também para nós: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo por chamado e vontade de Deus (…) à igreja de Deus que está em Corinto, aos fiéis santificados em Jesus Cristo” (v. 1-2). Também nós somos chamados à santidade em Jesus Cristo desde nosso Batismo, quando renunciamos ao demônio e às suas obras.
Em lugar de divisão, separação, ódio e violência que caracterizam o espírito do mundo, Nosso Senhor nos oferece união, amor e paz “da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo” (v. 3). São Paulo acrescenta a necessidade de rezar para pedir a Deus suas bênçãos: “Todos os que, em qualquer lugar que estejam, invocam o nome do Senhor” (v. 2).
Não nos esqueçamos de invocar a força do Senhor em qualquer lugar em que estivermos, na hora das tentações, porque é Deus quem faz tudo, nós somos apenas simples instrumentos em suas mãos.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (JO 1,14A.12A)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“A Palavra se fez carne, entre nós ela acampou; todo aquele que a acolheu, de Deus filho se tornou.”
EVANGELHO – JOÃO 1,29-34
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.”
Neste início de caminhada junto de Jesus, devemos meditar como Ele se apresenta, quais são os valores que defende, para imitá-lo. O santo Evangelho nos mostra como São João Batista foi descobrindo quem de fato era Jesus.
Ele havia recebido de Deus a missão de preparar sua chegada, mas o apresentava como aquele que batizaria no Espírito Santo e “em fogo”. Teria na mão a pá, limparia sua eira e recolheria o trigo ao celeiro, as palhas, porém, seriam queimadas num fogo inextinguível (cf. Mt 3,11-12). Assim se dirigia ele aos fariseus e saduceus que vinham receber seu Batismo, mas sem conversão no coração.
Seu primeiro contato com Jesus foi bem diferente do que ele imaginava. O Messias, o Salvador do mundo, esperava pacientemente sua vez de ser batizado por seu precursor.
São João Batista tinha aprendido a lição e então o apresentava como o “Cordeiro de Deus”. Viu, em lugar da arrogância, a humildade de ficar no meio dos pecadores para receber também o Batismo de conversão, bem longe, portanto, de um rei orgulhoso à frente de um exército, mas aquele que se imolaria para que nós recuperássemos a vida.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Estou convencido de que a busca da santidade começa pela oração, pois é de Deus que vem toda a graça? Compreendo que a humildade é necessária para imitar Nosso Senhor?
LEITURAS PARA A 2ª SEMANA DO TEMPO COMUM
INÍCIO DO ANÚNCIO DO EVANGELHO
3º domingo do Tempo Comum – 22 de janeiro
1ª LEITURA – ISAÍAS 8,23B – 9,3
“Na Galileia, o povo viu brilhar uma grande luz!”
No domingo passado, refletimos que devemos imitar Jesus para podermos ser santos, mas, não pensemos que seremos santos de um dia para o outro.
Esta primeira leitura se parece com essa verdade. Quando Isaías a proferiu, os assírios ocupavam a região da Galileia e, portanto, havia pouca probabilidade de sua visão se realizar de imediato. O próprio profeta imaginava que a profecia, que tinha proclamado por inspiração divina, realizar-se-ia imediatamente, mas, não foi bem assim. De acordo com os planos de Deus, só foi efetuada setecentos anos depois, conforme o santo Evangelho de hoje.
Na profecia, fala-se do aparecimento de uma luz: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma luz” (v. 1). Na verdade, as trevas simbolizavam as obras do mal, como ódios, violência, enfim, a falta de amor ao próximo. A luz é a Palavra de Deus, que, acolhida por nós, vai desfazendo o mal lentamente, conforme os planos de Deus, como meditaremos no santo Evangelho de hoje.
SALMO 26(27),1.4.13-14 (R. 1A.1C)
“O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é a proteção da minha vida.”
2ª LEITURA – 1CORÍNTIOS 1,10-13.17
“Sede todos concordes uns com os outros
e não admitais divisões entre vós.”
Neste trecho da carta de São Paulo aos coríntios, ficamos cientes de como crescem os vícios quando se fecham os ouvidos à Palavra de Deus.
O apóstolo, inspirado por Deus, aponta-lhes a causa das dissensões, brigas, até mesmo na realização de partir o pão, nome da santa Missa naquela Igreja primitiva, como se pode ler no capítulo sexto desta mesma carta.
Suas advertências àquela comunidade, que andava dividida por falta de caridade entre seus membros, são apresentadas desta maneira: “Rogo-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento” (v. 10).
Ora, sabemos que para que haja o mesmo espírito e o mesmo sentimento dentro de uma família, numa comunidade, é necessário que seus membros sigam o mandamento de Nosso Senhor: “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros” (Jo 13,34). Mostrando em seguida como esse mandamento é importante, Nosso Senhor completou: “Nisso todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo13, 34-35).
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 4,23)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Pois do Reino a Boa-Nova Jesus Cristo anunciava
e as dores do seu povo, com poder, Jesus curava.”
EVANGELHO – MATEUS 4,12-23
“Foi morar em Cafarnaum para se cumprir
o que foi dito pelo profeta Isaías.”
São Mateus nos indica, em poucas palavras, o início do trabalho apostólico de Jesus. Em primeiro lugar, fala a nós da nova moradia de Jesus, que durante trinta anos morara em Nazaré e então se mudou para Cafarnaum, provavelmente na casa de São Pedro.
Cafarnaum era situada na Galileia, onde havia muitos pagãos e judeus que não cumpriam a lei como deveria ser, era considerada uma região impura pelas autoridades judaicas. Escolhendo morar lá, Jesus indicava a finalidade principal de sua missão: converter os pecadores.
Sua pregação é resumida em poucas palavras: “Fazei penitência, pois o Reino dos Céus está próximo” (v. 17). Fazer penitência não tem o significado de se submeter a algum sacrifício, mas é mais amplo: mudar radicalmente a maneira de pensar e de agir.
Jesus chama doze apóstolos para segui-lo mais de perto e aprender sua mensagem, a fim de levá-la para a vida e transmiti-la a outras pessoas. São chamados para pescar pessoas para o Reino. Lembremo-nos de que o mar, para os antigos, era o lugar do mal, do demônio, abismo de monstros, das doenças e males inimigos da saúde das pessoas.
Assim como os apóstolos fomos também chamados por Deus para ser luz do bem no meio do mal, dando exemplo de vida para quem vive próximo de nós.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Dou exemplo de vida para ser luz de Cristo onde vivo? Amo meu próximo, perdoando a quem me ofendeu e pedindo desculpas se o ofendo?
LEITURAS PARA A 3ª SEMANA DO TEMPO COMUM
AS BEM-AVENTURANÇAS
4º domingo do Tempo Comum- 29 de janeiro
1ª LEITURA – SOFONIAS 2,3;3,12-13
“Deixarei entre vós um punhado
de homens humildes e pobres.”
As leituras deste domingo se caracterizam por considerações da virtude da humildade. Dá-se, assim, a continuidade do assunto do domingo passado, em que se meditava sobre a humildade de Jesus.
Esta leitura do profeta Sofonias exalta os pobres, pois houve um tempo em que o sinal das bênçãos divinas para um israelita era ser rico: ter muitos filhos, possuir grandes rebanhos, ter grandes colheitas. Sirva de exemplo o Salmo 127: “Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar” (vv. 1-6).
Pouco a pouco, porém, os profetas mudaram seu discurso, pois perceberam que as riquezas eram muitas vezes obtidas à custa dos sofrimentos e opressões dos pobres: “Dos pobres, arranca-se a pele da carne e a carne dos ossos” (Mq 3,2).
Sofonias foi o primeiro a falar da pobreza como uma posição religiosa interior em que o destituído de bens busca refúgio junto ao Senhor: “Feliz quem se lembra do necessitado e do pobre” (Sl 40[41],2). Esse sentido da palavra “pobre” é usado por Jesus no Evangelho de hoje.
SALMO 145(146),7.8-9ABC-10 (R. MT 5,3)
“Felizes os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.”
2ª LEITURA – 1CORÍNTIOS 1,26-31
“Deus escolheu o que o mundo considera como fraco.”
Também esta carta de São Paulo, sobre a qual viemos meditando nestes domingos, fala das preferências de Deus pelos pobres, aqueles que nada possuem, os marginalizados pela sociedade. Assim escreveu o apóstolo: “O que é estulto no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraco no mundo, Deus o escolheu para confundir os fortes” (v. 27).
São Paulo explica por que a comunidade de Corinto se desviou do bom caminho. Foi porque seus membros se deixaram levar pela ânsia de cada um querer ser mais do que o outro. Em vez de colaboração, havia competição. Cada qual queria dominar os outros e “tornar-se importante”! Em outras palavras, ser “ricos” de coração e não pobres, humildes e desapegados de quererem aparecer. São Paulo conclui: “Assim, nenhuma criatura se vangloriará diante de Deus” (v. 29).
Ser desprendido, saber dialogar para ouvir a opinião dos outros e compreender que ninguém é dono da verdade são os sinais de quem deseja ter coração de pobre, “Portanto, quem se gloria, glorie-se no Senhor” (v. 31), o único autor de todos os dons que possuímos.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (MT 5,12A)
Aleluia! Aleluia! Aleluia!
“Meus discípulos, alegrai-vos, exultai de alegria,
pois bem grande é a recompensa
que nos Céus tereis, um dia!”
EVANGELHO – MATEUS 5,1-12A
“Bem-aventurados os pobres em espírito.”
Essa afirmação de Jesus faz parte de muitas outras do Sermão da Montanha. São Mateus, ao chamá-lo dessa maneira, certamente quis compará-lo com os Dez Mandamentos entregues pelo Senhor a Moisés no alto do monte Sinai. Porém, há um pormenor muito significativo: lá, Moisés os entregou apenas aos hebreus; com Jesus, não: Ele se dirigiu não apenas aos judeus, mas também a ouvintes de outras etnias, culturas e religiões diferentes. Quis, dessa maneira, anunciar que o Reino de Deus é dirigido a todos os homens sem distinção, sem barreiras.
Proclamando que são bem-aventurados os pobres, Jesus não quis dizer que todos devemos ser miseráveis para segui-lo, pois, como se lê no Livro dos Atos dos Apóstolos, na Igreja primitiva “não havia entre eles nenhum necessitado” (At 4,34).
Ser pobre em espírito tem um sentido mais amplo e profundo, pois possuir bens e ser rico não é pecado. O pecado é possuir bens e não os partilhar com os necessitados. Ser pobre em espírito significa também dividir seu tempo com aquele que precisa de ajuda. É aliviar as tarefas daquele ou daquela que está sobrecarregado(a) de serviço e ter generosidade em lhe dar uma “mãozinha”.
SUGESTÃO DE REFLEXÃO
Dirijo me ao Senhor quando estou necessitado de seu auxílio? Sou aberto para ouvir as opiniões diferentes da minha? Fico atento para ajudar a quem precisa?
LEITURAS PARA A 4ª SEMANA DO TEMPO COMUM
SEGUNDA: Hb 11,32-40 = Os heróis do Antigo Testamento alcançarão a felicidade. Sl 30(31). Mc 5,1-20 = Espírito impuro, sai desse homem! 31. TERÇA. São João Bosco, presb.: Hb 12,1-4 = Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto. Sl 21(22). Mc 5,21-43 = Menina, levanta-te! 1º de fevereiro. QUARTA: Hb 12,4-7.11-15 = O Senhor corrige a quem Ele ama. Sl 102(103). Mc 6,1-6 = Um profeta só não é estimado em sua pátria. 2. QUINTA. Apresentação do Senhor: Ml 3,1-4 = O Senhor a quem buscais virá ao seu Templo. Sl 23(24). Lc 2,22-40 = Meus olhos viram a tua salvação. 3. SEXTA: Hb 13,1-8 = Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e por toda a eternidade. SL 26(27). Mc 6,14-29 = Assassínio de São João Batista. 4. SÁBADO: Hb 13,15-17.20-21 = Recomendações e despedida da carta. Sl 22(23). Mc 6.30-34 = Eram como ovelhas sem pastor.
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