ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Neste mês de outubro, a Igreja no Brasil celebra a festa da Mãe Aparecida. Cotidianamente, em milhares de lares brasileiros, fiéis dobram os seus joelhos e, diante de alguma representação da Virgem de Nazaré, elevam a sua prece. Agradecer a uma dádiva recebida, pedir uma graça ou simplesmente colocar-se sob a proteção daquela que é tão humana e tão divina que nos aproxima da humanidade e nos conecta com a divindade. Assim, sob a presença intercessora da Mãe, seguimos atendendo ao seu conselho “fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
A ordem dada pela Mãe de Deus àqueles que serviam nas bodas de Caná da Galileia, relatada no Evangelho de João, continua a ter a mesma força nos tempos presentes. O nosso país passa por situações difíceis, milhares de irmãos nossos sequer têm o que comer, as famílias estão, em sua maioria, feridas por lutos sequenciais e muitas instituições já não representam a segurança de outrora. Diante de tanta dor, de tanto sofrimento e desesperança, como atender a esse apelo?
A situação de Israel nos tempos de Maria não era muito diferente da nossa. Aquele povo vivia oprimido por um governo voltado para os poderosos, o sistema religioso era instrumentalizado e mantenedor do poder e do dinheiro, a carga tributária era altíssima e o povo esperava a libertação dos filhos de Israel de todo esse jugo. Esperava-se que o Messias viria com mão de ferro e transformaria a realidade, mas os planos de Deus seguem a lógica inversa e Ele manifesta a salvação àquela menina da periferia do mundo, demonstrando a sua preferência pelos simples e humildes.
O canto do Magnificat (cf. Lc 1,46-56), colocado nos lábios da Virgem de Nazaré, é a verbalização da situação sofrida do povo, mas é também a esperança feita Verbo.
Deus acolheu a súplica dos mais simples e lançou o seu olhar àquela realidade. As palavras da camponesa Maria são também as de tantas mulheres espalhadas pelo nosso Brasil. Mães que esperam educação para os seus filhos, saúde de qualidade e moradia digna. Mulheres que gastam incansavelmente suas vidas para cuidar dos seus rebentos e diariamente pedem a ajuda da Mãe de todas as mães para que as acompanhe e auxilie nessa jornada. Mães que a cada adversidade vencida rejubilam, pois, reconhecem que Deus olhou para a fragilidade do seu povo e habitou em seu meio.
Que as celebrações deste mês possam nos ajudar a reconhecer que não caminhamos sozinhos. A Virgem, Mãe de Deus, caminha ao nosso lado. Ela conhece a condição e as dores humanas. Foi pobre, pequena e estrangeira. Sentiu na pele as dificuldades de existir e manteve-se firme na esperança e fiel ao cumprimento da promessa de Deus.
Olhemos o seu exemplo e sigamos confiantes atendendo ao seu pedido, “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2,5), mesmo com todas as consequências disso.
Comments0