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De 8 a 11 de setembro será realizado o 25° Congresso Mariológico Mariano Internacional (online) com o tema Maria entre teologia e cultura hoje. Modelos, comunicações e perpectiva. Para a ocasião o Papa enviou uma mensagem recordando que “nossa alegria não deve esquecer o grito silencioso de tantos irmãos e irmãs que vivem em condições de grande dificuldade” e que “Maria, na beleza de seu seguimento evangélico e em seu serviço ao bem comum da humanidade e do planeta, sempre nos ensina a escutar estas vozes, e ela mesma se torna a voz dos sem voz para dar à luz um mundo novo, onde todos sejamos irmãos, onde haja lugar para cada descartado das nossas sociedades”.
Ao recordar que a teologia e a cultura de inspiração cristã estiveram à altura da sua missão quando souberam, de forma arriscada e fiel, viver na fronteira, Francisco explicou que a Mãe do Senhor tem uma sua específica presença nas fronteiras: “É a Mãe de todos, independentemente de etnia ou nacionalidade. Assim, a figura de Maria torna-se um ponto de referência para uma cultura capaz de superar as barreiras que podem criar divisões. Portanto, no caminho desta cultura da fraternidade, o Espírito nos chama a acolher mais uma vez o sinal de consolação e esperança segura que tem o nome, o rosto e o coração de Maria, mulher, discípula, mãe e amiga. É ao longo deste caminho que o Espírito continua nos dizendo “que os tempos em que vivemos são os tempos de Maria”.
O Papa recordou as palavras do Papa emérito Bento XVI ao falar que o mistério contido na pessoa de Maria é o mistério da Palavra de Deus encarnada: “Ela Se sente verdadeiramente em casa na Palavra de Deus, dela sai e a ela volta com naturalidade. Fala e pensa com a Palavra de Deus; esta torna-se Palavra d’Ela, e a sua palavra nasce da Palavra de Deus. Além disso, fica assim patente que os seus pensamentos estão em sintonia com os de Deus, que o d’Ela é um querer juntamente com Deus. Vivendo intimamente permeada pela Palavra de Deus, Ela pôde tornar-Se mãe da Palavra encarnada”.
Por fim Francisco sublinhou: “Não esqueçamos que é precisamente esta mesma Palavra que alimenta a piedade popular, que se inspira naturalmente em Nossa Senhora, expressando e transmitindo “a vida teologal presente na piedade dos povos cristãos, especialmente nos pobres; uma vida teologal animada pela ação do Espirito Santo, fruto do Evangelho inculturado. O Papa concluiu recordando uma citação de São Boaventura Bagnoregio ao afirmar que “São Francisco de Assis circundava a Virgem Maria de imenso amor porque tinha feito Deus nosso irmão”.
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