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O mês de maio é um dos meses temáticos na Igreja, conhecido como o Mês Mariano, em que os fiéis celebram, de modo mais reverenciado, a Virgem Maria, mãe do Senhor. Ela, por sua vez, é um exemplo de santidade para todos, sobretudo aos jovens que desejam trilhar um caminho feliz e em harmonia com a vontade de Deus no período da juventude.
Diz a história sagrada que quando o Anjo Gabriel anunciou a Maria que ela haveria de ser a mãe do Salvador ela tinha por volta de 14 anos, ou seja, uma menina jovem, virgem e totalmente preservada em vista de tão grande missão, assim como assegura o dogma de fé da Imaculada Conceição: “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original”. Como declara a Igreja, em sua sã doutrina, tem-se a certeza de que Nossa Senhora foi a única criatura humana que não conheceu o pecado original desde a sua concepção, daí ela ser chamada “imaculada”, ou seja, que não tem a mácula, a mancha do pecado, o que denota que ela foi totalmente voltada para Deus. Essa é a primeira inspiração para aqueles que olham para Maria e desejam ser santos: voltar-se inteiramente para o Senhor desde a sua infância e juventude, o que resultará numa vida inteiramente santa.
Outro fato que inspira santidade a partir de Maria é o seu “sim”. Ela não titubeou em corresponder, de imediato, ao chamado divino, ao dizer “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). É de um “sim” como esse que os jovens precisam para viver bem, porque nesta cultura do vulnerável, das incertezas e do relativismo, é urgente que o seu “sim” seja “sim” e o seu “não” seja “não”. O “sim” autêntico gera vida e não morte, traz a certeza e não a dúvida, confiança e não desconfiança… Faz gerar a cultura da santidade.
Como é urgente esta cultura, pois o que se tem visto de modo avassalador é a cultura do improvável – que nada fortemente contra a maré da santidade –, fruto de uma sociedade líquida como assegura o sociólogo polonês Zygmunt Bauman: “Tudo é temporário, a modernidade (…) – tal como os líquidos – caracteriza-se pela incapacidade de manter a forma”. É a cultura do tudo pode ou do hoje se diz “sim” e amanhã, “não”, enfim, são realidades que mexem com a cabeça dos jovens, deixando-lhes cada vez mais vulneráveis, por isso que eles precisam estar bem conscientes e manter a forma cristã de pensar e viver, a fim de não ser “engolidos” por essas realidades que não lhes garantirão uma vida convicta e feliz.
A espiritualidade mariana é, pois, uma constante fonte de inspiração, porque Nossa Senhora mostra com sua própria vida que Deus quer que todos sejam santos, desde a mais tenra idade, gerando um “sim” sólido, convicto, sem fluidez, e também o olhar de mãe que acolhe, motiva e diz “Fazei tudo o que Ele vos disser!” (Jo 2,5).
Dessa maneira, jovem, que tal neste mês de maio, o Mês Mariano, estar mais atento ao testemunho de Maria e, com o auxílio dela, trilhar um caminho de santidade rumo ao Céu? Avante!
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