ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
O desafio maior para a catequese é manter a participação dos catequizandos nas ações catequéticas, nas missas e nos eventos da comunidade. A perseverança se estrutura na abertura de coração para o Espírito Santo, que sopra e encaminha os nossos passos no caminho do seguimento de Jesus e na proximidade com a vida da comunidade, onde acontece a experiência da convivência fraterna e espiritual. A comunhão com as pessoas que professam a mesma fé fortalece a busca das palavras e dos ensinamentos de Jesus, que direcionam os passos e o coração daqueles que se encantam com sua presença e companhia na caminhada.
Cabe à catequese preparar e apresentar um itinerário adequado ao grupo, nas diferentes idades e realidades. É necessário conhecer bem os catequizandos e suas famílias para poder renovar as dinâmicas relacionais e tornar estruturas comunitárias mais abertas e menos burocratizadas. Cabe aos catequistas, como educadores da fé, ser apoios e pontos de referência para viverem na comunhão a atividade evangelizadora, como fiéis discípulos missionários de Jesus Cristo.
A paróquia que se questione acerca do tipo de catequese que propõe às famílias, apresentando o caminho da fé como uma jornada de esperança e de alegria, sobretudo aos novos contextos sociais, familiares e culturais. Ela continua a ser lugar privilegiado da educação para a fé, não é a escola ou um grupo de pessoas que se reúnem, mas uma comunidade – um grupo integrado de pessoas que ocupa um mesmo espaço, territorial e existencial, irmanado por um mesmo ideal e por uma mesma herança espiritual: a fé cristã.
A necessidade de um renovado impulso evangelizador deve motivar a comunidade a repensar os planos, acionando a chave missionária em todas as ações pastorais, auxiliando os catequistas em tempos de férias escolares e não da catequese. Um trabalho integrado com os grupos pastorais ajuda no projeto de educação da fé e de interação com as famílias, para isso é urgente incluir no planejamento catequético a participação de outras lideranças na comunidade em atividades que substituem os encontros de catequese, programados para os itinerários de iniciação à vida cristã.
Vale refletir sobre uma integração pastoral no processo de educação da fé. Uma proposta catequética que não se mantém em harmonia com as outras ações pastorais corre o risco de se apresentar como uma teoria certamente correta, mas, pouco relevante para a vida.
Catequistas, sejamos pessoas de reflexão, de diálogo e de comunhão, construindo uma vida comunitária saudável; trabalhemos com mais empenho, sensibilidade, ousadia e criatividade. Sejamos capazes de promover uma convivência fraterna que envolve as pessoas com as novidades do Evangelho. Sejamos pessoas de acolhida e de ternura, de compromisso e de respeito à vida comunitária.
Busquemos intensificar o nosso conhecimento sobre as verdades, a pedagogia e a comunicação da fé, a liturgia e a espiritualidade cristã, mantendo a centralidade da Palavra de Deus e de Jesus Cristo nas atividades catequéticas. Acompanhemos o crescimento humano e cristão de nossos catequizandos, contribuindo para que reconheçam, no dia a dia, o chamado de Jesus (vocação), respondam ao chamado com disponibilidade para viver como cristãos (serviço) e se comprometam com o testemunho da fé (missão).
Julho é tempo de férias, mas não de esvaziamento da comunidade. É preciso pensarmos em novas possibilidades, com criatividade e com ousadia, para a retomada de encontros com a comunidade, a partir da capacidade dos espaços, buscando ambientes alternativos e trilhando uma proposta de formação e de convivência.
“Entraremos em recesso”, “estamos de férias” e “não teremos atividades” não combinam com a catequese. Férias escolares não podem se confundir com tempo para tirar férias do seguimento de Jesus. Não é possível tirar férias de Jesus, de seu seguimento ou de seu Evangelho! Nunca nos esqueçamos de que sempre mais se impõe uma educação permanente da fé que acompanhe o homem por toda a vida e se integre em seu crescimento global. Com isso, a comunidade de fé, com seu plano pastoral, é a grande responsável pelo desenvolvimento de uma catequese contínua e eficaz.
Onde não for possível mantermos os encontros de catequese como de costume, procuremos alternativas, pois catequese não pode se reduzir a uma atividade com hora marcada. É missão de toda a comunidade, para todo momento e para a vida inteira. Onde for necessário propor uma atividade especial para o período de férias escolares, intensifiquemos a importância da vocação cristã de ser sal da Terra e luz do mundo (cf. Mt 5,13-16).
Obviamente, não pretendemos, com esta proposta, desvalorizar o descanso, o lazer, as férias da escola e o tempo de viagem com a família e amigos. Uma catequese comprometida com a educação da fé e com o seguimento de Jesus deverá saber o lugar certo das pausas e de sua importância, pausas sem distanciamento do encantamento pelas coisas de Deus. O descanso é tempo para contemplar e reconhecer a bondade de Deus e do valor da vida humana. Até Jesus cuidou da vida de seus discípulos, propondo uma pausa: “Venham à parte, para um lugar deserto, e descansem um pouco” (Mc 6,30-31). Ele disse: venham! Propôs um descanso com Ele.
Ficam, então, propostas de atividades alternativas para o período de férias: visitas missionárias, semanas catequéticas, gincanas bíblico-pastorais, dias de lazer em comunidade, confraternizações, encontros de espiritualidade, de promoção da caridade e de solidariedade.
Queridos catequistas, abramos nossos corações à ação do Espírito Santo e deixemos que Ele nos leve para experiências frutuosas e restauradoras. Tudo feito com amor e para o amor.
Juntos na missão!
Comments0