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A “sustentabilidade” tem sido a palavra mágica dos últimos tempos. Ela está no cenário midiático como solução para os problemas predatórios da sociedade do consumo. E ninguém é contra uma ação radicada na sustentabilidade, inclusive a empresa Monsanto diz ser o coração de seus negócios. O mesmo pensa a BAE Systems, a maior fabricante de armas de guerra do mundo.
O que se vê é uma desconexão entre a prática de vida e os princípios da fé em Jesus Cristo. Os Estados preocupados com o aquecimento global, como foi o caso da Rio+20, conferência realizada no Brasil em 2012, mas sem disposição para firmar metas de sustentabilidade. O que falta é coragem de uma mudança radical, priorizando a defesa da natureza e não o mercado consumidor.
Deus não está presente onde não há uma verdadeira mudança. Foi o que aconteceu com o faraó do Egito, que não queria mudança nenhuma para conservar o regime de escravidão. Mas o povo, apegando-se na proposta de Javé, através de Moisés, construiu a sua própria história, fazendo um caminho de libertação. Não podemos ficar conformados com a escravidão.
Ter experiência de Deus significa dar passos de mudança e sair do indiferentismo vivido pela cultura de exclusão, de pouco cuidado com o verdadeiro sentido da vida. A ausência de Deus facilita a execução de um projeto cheio de criminosos, violência e morte. Cresce a falta de amor, falta de Deus, fermentando situações de desespero e todo tipo de práticas contra o projeto de vida.
Deus nunca favorece o império do individualismo. O apóstolo Paulo fala dos dons, ministérios e serviços na comunidade. A mudança radical deve caminhar para uma sociedade onde impere a forma comunitária e relacional. O mais importante são as situações de complementariedade e ajuda mútua, diferente de uma realidade onda há o domínio da ambição, da inveja e da injustiça.
O mundo sem Deus torna-se desumano, porque não faz a vontade de Jesus Cristo. As pessoas não se tornam discípulas, incomodadas e seguidoras do Mestre. É fundamental ir ao outro, esvaziar-se para criar fraternidade, amor e convivência.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)
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