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É nos passos de Jesus que a Igreja segue em missão. Todos nós, chamados para uma comunidade de fé, iniciamos nosso discipulado conhecendo Jesus. Assim, como Pedro e André, Tiago e João (cf. Mt 4,18-22), seguimos os passos de Cristo para a grande descoberta: quem é aquele que nos chamou?
Como catequistas, entendemos as palavras de Jesus “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens” (Mt 4,19). Respondemos ao seu chamado, aprendendo que o seguimento é uma busca, uma prática e uma entrega. Tudo em vista da unidade com a vida de Jesus e entre nós.
Temos de buscar o Senhor, sempre. Ele tem um amor imenso, que nos mantém perseverantes ao seu lado. É um amor acolhedor, que alimenta a nossa vida e dá sentido ao nosso ministério. A catequese é espaço de acolhimento e de renovação da vida, é lugar de partilha e de alegria. Na catequese, podemos fazer com que nossos catequizandos sintam a presença generosa e fiel do amigo Jesus. Juntos, buscamos o Senhor; seguimos seus passos pelos caminhos que Ele percorre em nossas comunidades.
Praticar a justiça é o ensinamento de Jesus; isso significa viver uma vida digna, que honra o amor a Deus e ao próximo. É um agir sem julgamento, sem preconceito e sem intolerância, mesmo reconhecendo que são reais os defeitos e as fragilidades que identificamos na convivência com os outros. Praticar a justiça consiste em manter o firme propósito de dar ao próximo o que lhe é de direito: respeito, valorização e reconhecimento de sua dignidade humana.
Para que a renovação na catequese aconteça é importante que os catequistas sejam exemplo de humildade, deem em sua participação sinais de comunhão e sejam, entre todos, promotores de compaixão e misericórdia. Assim como Jesus, entreguem o melhor de si, em vista da construção de uma comunidade de amor. Seguir os passos de Jesus é um grande aprendizado para quem quer servir em sua Igreja. Papa, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos e leigas, canonizados ou não podem nos dar, como exemplos de vida, inspirações para o caminho da santidade que aprenderam com Jesus. Tudo o que podem oferecer, como testemunho de vida, é fruto da fé em Jesus Cristo, é porque seguiram os passos do Senhor.
Esse é o itinerário de quem quer ser “pescador de homens”, como disse Jesus. Na catequese, lançamos a rede para acolhermos e educarmos na fé os que subirão conosco no barco de Jesus. São muitos os convidados; fiquemos atentos para não deixarmos ninguém esquecido na praia.
O chamado dos primeiros discípulos é uma chave para o entendimento da vida de Jesus no Novo Testamento. Aquele que veio ao mundo para libertar a humanidade do peso e da escravidão do pecado forma uma comunidade para ganhar almas para o Reino. Ele convoca os que são escolhidos, na sua maioria pescadores, para uma grande pescaria: revelar ao mundo o caminho da salvação. Nele está a nossa alegria. Com Ele, aprendemos a pescar. É na experiência de um relacionamento íntimo com o Senhor que vamos aprender como tirar as pessoas do mar para trazê-las para dentro do barco.
Quando Jesus falou “eu farei de vós” (Mt 4,19), Ele quis dizer que, pessoalmente, ensinaria a cada um o que fazer e como fazer. Nós, catequistas, temos de aprender com o Mestre que o caminho é uma catequese atualizada, envolvente, fraterna, querigmática e mistagógica, na qual é possível investir em ser e fazer novos discípulos para Cristo.
Ele fez uma convocação para um compromisso com a Palavra de Deus, para uma vida de comunhão, para a prática da justiça e para o caminho da humildade, do amor e do perdão. Espera a nossa resposta, que não pode ser apenas em palavras, mas como resultado de uma experiência de fé e de vida, vivida com vocação.
Os ensinamentos de Jesus são verdadeira inspiração para o nosso crescimento humano e cristão, pois só pode “pescar gente” quem se sente gente de verdade, que cuida e que conserva os valores fundamentais para o ser humano. Só entende o que essa tarefa significa quem a faz com profunda intimidade com o Senhor. Seus ensinamentos são essenciais para os dias de hoje. Se em cada ensinamento de Jesus encontrarmos um agir em nosso agir, Ele encontrará sinais de amor, de comunhão, de fidelidade e de obediência ao Pai.
Ao dizer “eu farei de vós” (Mt 4,19), Jesus gerou muita confiança no coração daqueles discípulos que, imediatamente, deixaram as redes, o barco e a própria casa para firmarem os passos no caminho do seguimento. O amor de Cristo, que é maior que tudo, tornou-se o caminho para quem se apresentava com o coração disponível para a nova pesca.
Queridos catequistas, certamente o amor e a bondade do Senhor nos seguirão!
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