ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Existe uma história muito interessante que nos ensina a valorizar aquilo que realmente é importante, deixando para trás o que não acrescenta à nossa vida.
Conta-se que, certa vez, um burro encontrou-se com um tigre na floresta e começou a discutir com ele sobre a cor do capim. O burro dizia “O capim é azul” e o tigre respondia “Não! É verde, seu burro!”. Assim ficaram horas sem chegar a um acordo. Então, tiveram uma ideia: “Vamos falar com nosso chefe, o leão. Ele vai dizer quem tem razão”. Diante do rei da floresta, o burro e o tigre defenderam suas opiniões. Houve um momento de silêncio e o leão disse para o burro: “Você está certo. O capim é azul. Pode ir pastar que eu vou castigar o tigre”. Depois que o burro saiu, o tigre ficou muito revoltado com o leão: “Você concordou com ele? Todo mundo na floresta sabe que o capim é verde! Agora, além de me humilhar na frente desse animal, ainda vai me dar um castigo?”. O leão, fixando os olhos no tigre, respondeu: “Você está certo. O capim é verde, mas vou lhe dar um castigo por ter perdido seu precioso tempo com esse burro. Não fique discutindo com quem acha que o capim é azul!”.
Quantas vezes ficamos brigando com as pessoas por pouca coisa, tentando fazê-las entender aquilo que, ainda, são incapazes de compreender. Falamos, gesticulamos, bravejamos e nada muda. Se para algumas pessoas o capim é azul, elas não vão aceitar que é verde.
Tudo nesta vida tem o tempo certo e a hora certa.
Mais do que palavras, conseguiremos ajudá-las praticando a mansidão e a paciência, também aproximando-as do coração de Jesus, para que façam uma profunda experiência com Ele. Sem esse encontro com a verdade que é Jesus é mais fácil viver iludido, com uma visão ofuscada da realidade. Ouvir e acolher as pessoas são gestos de muito amor e misericórdia. Devemos ser carinhosos, atenciosos com todos os que vêm ao nosso encontro. Jesus quer que sejamos como um farol em nossa vida comunitária, familiar e social. Não apenas uma luz, mas um verdadeiro farol que ilumina além do horizonte, porém, para sermos o que Ele quer que sejamos é fundamental a caridade com aqueles que acham que o capim é azul, que a grama não é verde. Paciência, sim; discussão, não! Ouvir, sim; ficar horas e horas tentando convencer alguém a pensar como a gente, não! Mesmo que estejamos certos.
O evangelista São Lucas nos conta que, certa vez, enquanto Jesus caminhava “(…) um homem lhe disse: ‘Senhor, te seguirei para onde quer que vás’. Jesus replicou-lhe: ‘As raposas têm covas e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça’. A outro disse: ‘Segue-me’. Mas ele pediu: ‘Senhor, permite-me ir primeiro enterrar meu pai’. Mas Jesus disse-lhe: ‘Deixa que os mortos enterrem seus mortos; tu, porém, vai e anuncia o Reino de Deus’. Um outro ainda lhe falou: ‘Senhor, te seguirei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa’. Mas Jesus disse-lhe: ‘Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus’” (Lc 9,57-62).
O Papa Francisco, ao meditar esse Evangelho, disse: “A urgência de comunicar o Evangelho, que rompe a cadeia da morte e inaugura a vida eterna, não admite atrasos, mas requer prontidão e disponibilidade. Portanto, a Igreja é itinerante e, aqui, a Igreja é decidida, age imediatamente, no momento, sem esperar”.
Que a Virgem Maria nos ensine a caminhar com seu filho Jesus sempre para frente, sem discussões e perda de tempo argumentando qual é a cor do capim!
Comments0