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Jesus Cristo está no centro da mensagem cristã. A partir de Jesus, vamos entender o sentido da nossa vida, o plano da salvação, nossa missão. Os Evangelhos nos falam de Jesus, do seu agir, do seu falar. Nossa catequese deve pôr o catequizando em contato vivo e pessoal com o Senhor, despertar um grande amor por ele e impulsioná-lo a seguir Jesus e tornar-se um verdadeiro discípulo.
A vida, a morte e a ressurreição de Jesus formam a grande mensagem a anunciar. É o mistério pascal que celebramos na Liturgia e vivemos no dia a dia. A catequese seja extremamente bíblica. O catequizando seja introduzido na leitura da Bíblia para poder viver da própria fonte da revelação de Deus.
A dimensão trinitária da Catequese
Jesus é a revelação de Deus, Pai. “Quem me vê, vê o Pai”, disse Jesus. Toda a pessoa de Jesus está voltada para o Pai. É a vontade do Pai que ele procura. Essa vontade do Pai é a salvação da humanidade, a verdadeira vida dos seus filhos. É um projeto de amor, uma boa notícia. Jesus se entrega à missão de anunciar esse Projeto e dá a própria vida por ela.
Jesus não é o ponto final, mas é o caminho para seu Pai e nosso Pai.Jesus é a imagem do Pai, a Palavra do Pai, o rosto humano do Pai. A catequese deve não somente tornar Jesus conhecido e amado, mas deve levar o catequizando a amar a Deus que é amoroso e misericordioso.
Toda a vida de Jesus, desde a sua concepção, está, conforme a Bíblia, sob a força do Espírito Santo. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo o ungiu para sua missão. Impulsionado pelo Espírito Santo, Jesus foi para o deserto a fim de se preparar para sua missão. E Jesus disse, quando estava na sinagoga em Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa Nova aos pobres…” e nos prometeu mandar o Espírito, depois da sua ressurreição.
Não podemos anunciar Jesus, sem também anunciar a força do Espírito sobre ele, sobre a Igreja e sobre cada um de nós. Assim, numa boa catequese, a dimensão trinitária deve estar presente, sem nos perder em definições complicadas difíceis para o povo entender.
Jesus revela também o homem ao homem
Jesus Cristo, imagem do Deus invisível, é também a imagem do ser humano. Devemos crescer rumo à maturidade em Cristo, diz S.Paulo (Ef 4,13). Em Cristo torna-se claro o mistério humano, sua vocação, sua abertura para Deus, suas lutas e até suas tentações.
Jesus nos mostra que nós também somos imagem de Deus e como somos chamados a viver nossa vocação. Ele é nosso guia, a luz que nos mostra o caminho, aquele que nos mostra a nossa dignidade, o nosso valor aos olhos de Deus.
A catequese deve se preocupar com a formação humana, o valor e a autoestima da pessoa, com sua situação, seu sofrimento, sua vida familiar etc. A partir da realidade da sua vida, a pessoa vai encontrar em Cristo uma resposta para suas buscas e angústias.
Jesus anuncia o Reino de Deus
A mensagem de Jesus sobre Deus é uma boa notícia para a humanidade. Jesus anuncia o Reino. Mas, que é, exatamente, o Reino (ou reinado) de Deus que Jesus prega?
A expressão “Reino de Deus” aparece 120 vezes nos evangelhos (em contraste com a palavra “Igreja” que aparece somente três vezes). Jesus começa a anunciar proclamando: “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17).
Jesus não define o Reino, mas mostra, por sua vida, suas palavras, sua ação, o que é esse Reino. É para os pequenos, os humildes, os pobres, os marginalizados… Seus milagres mostram o que é. Suas parábolas o fazem entender.
O Reino de Deus não tem fronteiras. Será uma árvore grande onde as aves do céu (as nações do mundo) vão fazer seu ninho. O Reino já chegou, mas deve crescer, como dizem diversas parábolas sobre a semente e o joio. Nós estamos agora neste tempo de crescimento e devemos cooperar para que o Reino possa crescer.
Os apóstolos receberam a missão de proclamar essa Boa Nova (Mt 10,7). Depois de Pentecostes, o Reino, sob a força do Espírito, torna-se a perspectiva final da pregação evangélica. O tempo da Igreja é o tempo do crescimento do Reino de Deus até o dia da consumação dos tempos. O Reino de Deus é o grande SONHO DE DEUS. É um Reino de paz, de justiça, de amor e partilha. Então, a vontade de Deus será feita: a salvação, a libertação de todos.
O anúncio do Reino de Deus dá uma perspectiva à evangelização, à catequese. Exige um dinamismo que olha o aspecto universal da salvação. Ultrapassa as fronteiras da Igreja, abre horizontes ecumênicos e de diálogo inter-religioso, procura construir os valores evangélicas no mundo secular: política, profissão, arte, cultura, educação, no campo social… A Igreja deve estar a serviço do Reino que é universal. Há um grande campo em que o cristão pode atuar, tornando-se realmente discípulo missionário, de que tanto falamos hoje em dia.
O Concílio Vaticano II chamou a atenção para o fato que a Igreja é sinal e instrumento do Reino. Ela mesma e cada um dos seus membros devem viver as exigências do Reino como Jesus ensinou. Mas, ela é também instrumento do Reino e deve trabalhar para que o sonho de Deus possa se realizar.
Texto escrito por Inês Broshuis.
A Igreja está a serviço do Reino e deve trabalhar junto com todos, também os que estão fora da Igreja, que procuram uma sociedade de justiça, paz e amor.
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