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No último dia 10 de maio, o Papa Francisco, pela Carta Apostólica Antiquum Ministerium, sob forma de motu proprio, realizou o desejo de muitos pastores e fiéis, instituindo de modo estável o ministério de catequista.
Desde o Concílio Vaticano II, por meio de pronunciamentos e documentos dos papas São Paulo VI, São João Paulo II, Bento XVI e do próprio Papa Francisco, é público o reconhecimento da Igreja pelo trabalho de inúmeros catequistas em todo mundo, na transmissão e vivência da fé. Esse reconhecimento se traduziu agora na instituição desse ministério.
Os catequistas, no dizer do Papa, são homens e mulheres chamados e impulsionados pelo Espírito Santo que vão ao encontro de tantas pessoas que esperam conhecer a beleza, a bondade e a verdade da fé cristã. Por essa razão, os pastores da Igreja têm o dever de sustentar neles esse dom que lhes é dado pelo Espírito e assim o reconhecendo presente, de modo que possam cumprir a sua tarefa evangelizadora com competência e fidelidade ao Evangelho.
O ministério dos catequistas está relacionado com a pastoral da transmissão da fé desde o primeiro anúncio, que introduz no querigma, pela instrução que os torna conscientes da vida nova em Cristo e os prepara para os sacramentos da iniciação cristã, até a formação permanente que permite que cada batizado possa “(…) dar a razão da sua esperança a todo aquele que lhe peça” (1Pd 3,15).
O Papa afirma que o catequista é ao mesmo tempo testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que introduz crianças, adolescentes, jovens e adultos em nome da Igreja na vivência da fé cristã.
Reconhecendo o ministério do catequista como um serviço estável na vida da Igreja, o desejo do Papa Francisco é dar um impulso ao empenho missionário que se estende a todos os fiéis batizados, o qual deve ser desempenhado de forma permanente, sem perder o seu caráter secular, evitando assim a tentação da clericalização.
As condições para que possam assumir esse ministério é que tenham uma “fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna, recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica para ser solícitos comunicadores da verdade da fé e tenham já amadurecido uma prévia experiência de catequese”, nas palavras de Francisco.
Posso afirmar que a Carta Apostólica Antiquum Ministerium foi acolhida pelos bispos de nosso país como um gesto de suma importância, pois manifesta não só o reconhecimento da importância do serviço prestado pelos catequistas nas suas igrejas locais, mas, ao mesmo tempo, que é um convite para que eles todos se empenhem nessa importante missão. Dessa forma, é necessário que sejam devidamente preparados e acompanhados pelos pastores da Igreja a fim de que possam desempenhar esse ministério com competência e entusiasmo, capazes de contagiar as gerações que vão se sucedendo com a alegria que brota do amor de Cristo.
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