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Advento é memória, presença e espera. Esse tempo nos levar a fazer memória das promessas de Deus. A lembrança da bondade do Senhor nos faz descobrir a tristeza da situação presente, mas nos leva a esperar uma intervenção divina. Essa intervenção divina se dá no dia a dia de nossa vida, de acordo com a aceitação da vontade de Deus. Não é uma imposição, mas uma oferta e um convite para que nossa vida fique mais leve, pois o próprio Senhor nos ajuda a levar nosso fardo: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (Mt 11,28-30).
Com o tempo do Advento iniciamos mais um ano litúrgico; esse tempo nos remete justamente ao período de preparação para a celebração do Natal de Jesus.
Para a fé cristã, o tempo da graça se dá com o nascimento de Jesus, o Filho de Deus que se fez homem e veio habitar entre nós. Refletir sobre o nascimento de Jesus nos leva a contemplar a bondade de Deus, que se faz presente não mais apenas nos sinais das obras da natureza, mas envia-nos o seu próprio Filho semelhante a nós. O Filho de Deus habitou entre nós.
Nós somos imagem e semelhança de Deus e com o nascimento de Jesus o Filho de Deus se faz semelhante a nós. Jesus, de modo extraordinário, nasce no seio de uma família. Deus mesmo nos apresenta seu Filho, igual a nós, nascido em uma família semelhante à nossa. Nessa família vivem-se as limitações próprias do ser humano: dependência, frio, calor, fome, sede, fuga, encontros, desencontros etc. Jesus, sendo verdadeiramente homem, conhece nossas limitações, mas sua obediência ao plano de salvação para a humanidade o coloca como o grande exemplo para cada um de nós. Ele se faz como nós, para que possamos ser como Ele, ou seja, sendo o Filho de Deus, quer que todos nós também recebamos a filiação divina.
O nascimento de Jesus se deu há mais de 2 mil anos e a cada ano fazemos memória desse acontecimento que mudou a história da humanidade. A presença de Jesus em nosso meio nos faz viver o “já” e o “ainda não”. Jesus “já” veio, habitou entre nós, redimiu-nos, morreu, ressuscitou e ascendeu aos Céus. Mas “ainda” há de voltar, em sua vinda gloriosa, não mais como um menino, mas como o Rei do Universo, que celebramos no encerramento do ano litúrgico. Assim “O ano litúrgico é evocação e atualização (isto é, memória e presença) de toda a história da salvação ‘já’ realizada e é, ao mesmo tempo, promessa e antecipação da história da salvação que ‘ainda’ deverá realizar-se. Cada tempo ou ciclo litúrgico faz reviver uma fase particular dessa história da salvação; os tempos litúrgicos são, por assim dizer, as estações do ano litúrgico; entre eles, o Advento representa a primavera, a estação da espera e das promessas” (Raniero Cantalamessa, O Verbo se faz carne).
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