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Dias passados a mídia internacional e nacional veiculou de forma leviana e tendenciosa as cartas entre São João Paulo II e uma amiga casada, levantando suspeitas infundadas sobre a imagem de um homem de Deus que marcou profundamente nossa época.
Além da intenção de semear a dúvida e atingir a moral deste Papa que tanto bem fez a humanidade, percebe-se uma mentalidade pansexualista que sob a perspectiva da tirania do prazer, inviabiliza ou desacredita da possibilidade de uma verdadeira amizade, com sentimentos nobres e plenamente humanos entre o homem e a mulher.
Mais, pareceria que o único interesse que pauta a agenda entre o homem e a mulher é a cama ou seja a sexualidade genital. Esta visão além de empobrecer e esvaziar a vocação do ser humano à comunhão e ao amor, transforma a pessoa em atleta sexual, objeto e parque de diversões para programas somente carnais e de vazão dos instintos.
O próprio amor conjugal se vê degradado e reduzido com esta ótica fragmentária e materialista. O cristianismo longe de reprimir a sexualidade a integra e a torna sinal da linguagem da doação agápica entre o homem e a mulher, testemunhando uma autêntica teologia do corpo como sacramento do amor e da comunhão, uma das grandes contribuições do Papa São João Paulo II. É significativo ver em Jesus o Filho de Deus, a vivência e o ensino do amor amigo e casto, pois, surpreendeu aos próprios apóstolos a sua liberdade de deter-se para conversar com as mulheres como com a samaritana.
Que aprendamos a testemunhar e a concretizar na nossa vida a cultura do encontro e da amizade entre o homem e a mulher, que dignifica a ambos, levando a realização dos valores da gratuidade, reciprocidade, beleza e lealdade da amizade cristã. Deus seja louvado!
Dom Roberto Francisco Ferreria Paz – Bispo Diocesano de Campos (RJ)
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