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Excelente recurso de transmissão da mensagem cristã para crianças. A criatividade, a fantasia, a imaginação, a curiosidade…, são características desta faixa etária e estão (ou, deveriam estar) todas presentes no teatro infantil. Contudo, este recurso deve ser utilizado na catequese para todas as idades.
O teatro é um meio de comunicação muito importante em todas as culturas pelo seu poder de levar ao conhecimento e à interiorização da mensagem apresentada.
Este recurso foi muito utilizado pelos jesuítas na catequese indígena e foi instrumento de grande eficácia e valor educativo.
Para bem aproveitar o teatro na transmissão da Boa Nova de Jesus, não podemos perder de vista que nada será mais importante do que a própria mensagem. É para que ela chegue, seja assimilada e caia em cada coração, que devemos trabalhar. Se perdemos este objetivo de vista, tudo o mais perde o sentido e será apenas mais uma exibição.
Vejamos alguns pontos importantes:
Construção do Texto
Todo teatro parte de um texto que, neste caso, pode ser uma passagem bíblica, um sociodrama (situações condizentes à realidade da criança), um conto infantil adaptado para atingir o objetivo catequético/evangelizador, uma história inventada, etc. Em alguns casos, torna-se necessário o papel do narrador. O importante é não esquecer de elementos que caracterizam o teatro infantil e atraem a atenção das crianças:
Dinamismo / Movimento / Participação do público;
Diálogos curtos com vocabulário de fácil compreensão;
Música/ sonoplastia / onomatopéias;
Suspense / surpresas;
Humor;
Fantasia / Figurino / Cenário sugestivo;
Curta duração.
O dinamismo e o humor não dispensam os cuidados que devem ser tomados para que não sejam cometidos abusos com o que é sagrado.
Mesmo não sendo um ator, todo catequista pode (e deve) usar o recurso do teatro. Aqui vão algumas dicas:
Desinibição
Descontração / Naturalidade / Não temer o ridículo / Sair de si para assumir o outro / etc.
Também não significa “ser ridículo”, exagerado, extravagante, rir à toa, etc. Apenas assuma o papel.
Oficina: Você é Maria recebendo a notícia do anjo. / Você é Zaqueu, subindo na árvore. / Você é Golias…, tomando uma pedrada de Davi. / Você é Jonas, sendo engolido pelo peixe. / Todos nós somos as águas na hora da tempestade. / E agora, somos as águas da tempestade acalmada.
Improvização
Observar as várias possibilidades. / Fazer com o que se tem na hora. / Às vezes, basta um gesto ou um acessório. / Não cair na mesmice .
A improvisação requer conhecimento do todo e não pode atrapalhar a continuidade.
Expressão corporal
Corpo: Há inúmeras possibilidades de expressão. / O corpo fala : pelas mãos; pelos ombros; pelas pernas… Basta você começar a treinar! Chama-se “fazer laboratório”.
Trata-se de observar gestos e detalhes para poder reproduzir. E, lembre-se “Não sou eu, é o outro.”
Oficina: Você é um leão!/ Você é um soldado./ Você é um moleque levado! / Você é uma criança muito educada./ Você é um macaco! Você é uma árvore./ Você é um jovem, cheio de ginga. / Você é um velhinho cansado./ Você é uma velhinha irritada. Oficina: “Tempestade Acalmada”
Expressão facial
Rosto – cartão de visitas! Denuncia o que sentimos e até o que pensamos.
Observar no espelho as várias possibilidades de cada parte (sobrancelhas, olhos, boca, nariz…).
Oficina: Cara de assustado; cara de felicidade; cara de desconfiado; cara de muito irritado; cara triste; cara de nojo; cara de desanimado; cara de quem ama Jesus.
Expressão Vocal
Voz: canal por onde passam sentimentos/emoções. / É preciso evitar falas mecanicamente decoradas e procurar passar, pela voz, o sentimento presente: alegria, preocupação, tristeza, medo, segurança, dor… É preciso evitar vozes estridentes, que irritem os ouvidos ou prejudiquem a comunicação da mensagem. Usar pausas, quando necessário, para chamar a atenção, ou
– altos e baixos;
– graves e agudos, para variar de homem para mulher; de adulto para criança;
– usar onomatopéias, procurar imitar a voz dos animais.
Construção das Personagens
Construir uma personagem é somar todos os pontos acima e aplicá-los ao papel a ser desempenhado. E mais, é procurar caracterizar da melhor forma possível a personagem, através de figurino e/ou acessórios.
Obs.: O figurino não deve atrapalhar ou impedir o movimento e a expressão, pois já sabemos que o mais importante é a mensagem.
Modalidades de teatro
Há várias modalidades de teatro e, de cada uma delas, podemos aproveitar sugestões para usar o teatro na catequese.
Tradicional
Teatro formal: com texto, cenário, figurino, palco, tudo organizado. O público assiste, sem ter participação direta.
Vanguarda
Não há palco definido. Atores se misturam ao público; o público se desloca para onde ocorrem as cenas; grande capacidade de dinamismo e de atrair a atenção. O público também pode participar.
Mambembe
É o estilo versátil, que vai às ruas, praças, hospitais… É preciso prever que será preciso improvisar locais para apresentação, para armar cenário, para se vestir, etc.
Sociodrama
Dramatização de situações cotidianas. O texto é improvisado. Mediante a intenção daquilo que se quer transmitir, combina-se a situação e são distribuídos os papéis.
Bibliodrama
É a encenação de textos bíblicos. Para crianças, tais encenações são muito importantes, porém, são necessárias adaptações no vocabulário e condensação de passagens muito longas. É preciso evitar a apresentação de fatos bíblicos de difícil interpretação ou que exijam um conhecimento mais aprofundado da História da Salvação. Cabe repetir os cuidados que devem ser tomados para que não haja deturpação do sentido do texto.
Fantoches
Diálogos curtos. Falar bem alto, devagar e claramente. É preciso treinar o manejo. Quem maneja, não deve deixar nenhuma parte do seu corpo aparecer. Os demais bonecos se voltam para aquele que fala e só o que fala deve se mexer. A boca abre na mesma proporção da quantidade de sílabas.
Cuidado para que os bonecos não fiquem caídos sobre a cortina ou olhando para o alto! Há vários tipos de fantoches e você mesmo pode fazer um.
Cenário
O cenário, basicamente, pode ser composto por um painel ao fundo e por uma cortina. Um cenário mais completo contém móveis, árvores, objetos, divisórias, etc. Podem, também ser usadas placas, indicando lugares “IGREJA”; “CASA”; “FLORESTA”.
O importante é que seja sugestivo, que ajude a transportar a criança para o local onde se passa a cena. Muitas vezes, uma simples mudança na arrumação, resolve.
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