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Vamos falar do conjunto de sete livros da Bíblia chamados de Sapienciais. São eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico.
O Livro de Jó tem como tema central o personagem de Jó, que era para os antigos israelitas uma figura do típico justo sofredor. O autor é desconhecido, e acredita-se que foi escrito no século 5 antes de Cristo. Jó se encontra privado de todos os seus bens, de seus próprios filhos e de sua saúde. Os amigos de Jó representam a ideia de que o sofrimento é um castigo; todo homem é pecador. Deus entra em cena e, enviando provações ao homem, mostra que é justiça e bondade. Ao homem cabe humilhar-se com paciência e esperança, sem querer desvendar os planos do Criador.
O livro dos Salmos era usado para as orações dos antigos judeus. A palavra Salmo (Psalmus) é tradução do termo hebraico que quer dizer Louvores. Mas no livro também se encontram lamentações, cânticos de penitência e de reconhecimento, poemas didáticos e súplicas. Nos salmos encontramos ensinamentos religiosos, tais como: respeito à majestade divina, gratidão pela misericórdia infinita e pelo perdão de Deus, confiança na Providência, penitência e contrição diante dos próprios pecados, tristeza e temor pelos perigos que nos cercam, paz, consolo, coragem, obediência, alegria e esperança
O Livro dos Provérbios tem autoria atribuída a Salomão. Nele encontramos um conceito puríssimo de Deus, de um Deus justo, benevolente, misericordioso e criador. O autor divide a humanidade em duas categorias, do ponto de vista moral: os sábios e insipientes. Os sábios são inteligentes, virtuoso e íntegro. Entre os insipientes estão os maus, os mentirosos e os malfeitores. Os texto reforçam as virtudes da caridade, da justiça, da prudência, da moderação e da discrição. De outro lado, combate os vícios da embriaguez, da gula, da luxúria e da preguiça. De modo especial o livro destaca a piedade filial e a educação das crianças.
O Eclesiastes apresenta uma série de meditações sobre a instabilidade da vida humana. O autor é desconhecido, mas pela época (século III a. C.) acreditava-se que todos os homens iam para o mesmo lugar depois da morte, uma região onde não há consolação.Disso surge um certo pessimismo nos textos. Se a perspectiva do céu é tão duvidosa, a solução é usufruir dos bens que Deus nos dá nesta vida e agradecer por tudo. Apesar disso, o autor expressa uma profunda religiosidade. Tudo que há de bom nessa vida é dom de Deus e um dia o homem terá que prestar contas de todos os seus atos. No final do livro, fica um resumo: “Como conclusão geral, teme a Deus e observa os seus preceitos; eis aí o homem todo”.
O Cântico dos Cânticos (expressão que significa o mais belo dos cânticos) é uma coleção de poemas que originalmente teriam sido usados em solenidades nupciais. O amor que une homem e mulher foi querido por Deus no plano da criação. O Cântico prega a fidelidade.
A Igreja Cristã, baseada no simbolismo do texto, sempre viu neste livro uma figura do amor de Cristo por sua Igreja, considerada sua esposa.
O Livro da Sabedoria tem como tema central o louvor à Sabedoria divina. Na primeira parte mostra a Sabedoria na vida de cada homem, sendo recompensada pela vida eterna. Na segunda, expõe o papel que a Sabedoria representou na vida do rei Salomão. E numa terceira parte, mostra a Sabedoria em ação: na criação, na história da humanidade e em particular na história do povo de Deus. Não se sabe ao certo quem é o autor deste livro, mas ele é dirigido aos judeus que moravam no Egito e faz um alerta do perigo de serem desencaminhados pela filosofia grega e serem tentados a abandonar o culto de um Deus único. O texto contém ainda as primeira revelações sobre a imortalidade da alma e do seu destino eterno.
O Eclesiástico, ou Livro da Igreja, recebeu esse nome na igreja latina porque era utilizado com frequência para instrução dos fiéis. O autor se apresenta com o nome de Jesus, filho de Eleazar, filho de Sirac, e deve ter sido escrito por volta do ano 200 a. C. Neste livro o autor trata de todos os aspectos da vida humana: exortações aos maridos, às mulheres, aos pais, aos filhos, aos senhoras, aos homens da lei, aos anciãos. Também traz temas como a riqueza a pobreza, o comércio e a educação. O texto mostra um conceito que tem como base os mandamentos de Deus na lei mosaica e aplicado na vida cotidiana.
Por Mário Scandiuzzi, via Aleteia
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