ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Na manhã da segunda-feira, o Papa recebeu em audiência os Missionários do Sagrado Coração, reunidos em Roma por ocasião do XXVI Capítulo Geral do Instituto.
Francisco iniciou o discurso, recordando que o fundador, Padre Jules Chevalier, intuiu a vocação dos Missionários do Sagrado Coração, com o desejo de tornar conhecido no mundo o amor de Deus, e para obter uma resposta de amor da humanidade.
Ao aprofundar o tema do Capítulo Geral, inspirado na passagem do evangelho que apresenta o caminho de Emaús, o Pontífice sublinhou três atitudes fundamentais para refletir sobre a identidade carismática e o compromisso missionário: conhecer o Coração de Jesus através do Evangelho; aprofundar a sua mensagem na partilha fraterna; e o anúncio alegre na missão.
O Papa destacou que o fundador do Instituto, Padre Chevalier gostava de definir o Evangelho como o livro “do Sagrado Coração”, convidando todos “a contemplar a caridade com que o Salvador se deixa tocar por todas as pobrezas”.
“É assim que conhecemos o Coração de Jesus: contemplando no Evangelho a sua imensa misericórdia, como Maria, que venerais com o título de ‘Nossa Senhora do Sagrado Coração’ e que sabe mostrar-nos precisamente o Coração do seu Filho, porque ela guardou todas as coisas meditando-as no seu coração.”
O Santo Padre, ao abordar a segunda atitude: aprofundar e compreender a Palavra na partilha fraterna, enfatizou que no caminho para Emaús, os discípulos, imediatamente após reconhecerem Jesus, fazem perguntas uns aos outros com espanto sobre o que viveram, pois “antes de encontrá-lo, os dois companheiros discutiram fracassos e decepções, e depois se alegraram por terem visto o Ressuscitado!” Segundo Francisco, isso é algo que os Missionários também trazem em sua história e no percurso de seu fundador, “por isso”, completou o Papa, “no trabalho deste Capítulo, como no discernimento ordinário das vossas comunidades, convido-vos também a colocar sempre a partilha fraterna do vosso encontro com Cristo, na Palavra, nos Sacramentos e na vida, na base de tudo, e antes de tudo”.
E sobre o último aspecto: o anúncio alegre na missão, o Pontífice ressaltou que os discípulos de Emaús, depois da experiência vivenciada no caminho, partem sem demora, voltam a Jerusalém e contam o que aconteceu.
“Vocês escolheram como lema para as suas obras capitulares as palavras: ‘do ego ao eco’, isto é, de si mesmo à casa comum, à família, à comunidade, à criação. É uma expressão forte e um compromisso com o futuro, especialmente para discernir novos tipos de ministério”, disse Francisco ao recordar que os desafios não faltam: “os Mártires da vossa Congregação e os numerosos âmbitos de caridade nos quais já fostes chamados a trabalhar em todos os continentes dão testemunho disso. Os pobres, os migrantes, as muitas misérias e injustiças que continuam a surgir no mundo questionam-nos com urgência. Diante deles, não tenham medo de deixar-se envolver pela compaixão do Coração de Cristo; como disse o vosso Fundador, deixa-O amar através de ti e manifestar a Sua misericórdia através da tua bondade”.
“Não tenham medo da ternura”, recordou o Papa, que falou do estilo de Deus, definido em três palavras: proximidade, compaixão e ternura. “Deus é assim: próximo, compassivo, terno, e aprendemos isso através da oração, sem oração as coisas não funcionam”, destacou.
Ao concluir, o Santo Padre agradeceu pelos trabalhos realizados, e exortou os missionários: “fujam da tristeza, que é o verme que arruína a vida pessoal e a vida consagrada, aquela tristeza que derruba, não a tristeza boa do arrependimento, isso é outra coisa, mas aquela tristeza cotidiana é um verme que arruína”.
Comments0