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São os santos da vida ordinária e os mártires de hoje que levam a Igreja adiante com a coerência e o corajoso testemunho de Jesus ressuscitado, graças à obra do Espírito Santo: foi o que disse, em síntese, o Papa Francisco na homilia da Missa celebrada na manhã desta quinta-feira (07/04) na Casa Santa Marta.
A primeira leitura, extraída dos Atos dos Apóstolos, fala da coragem de Pedro que, depois da cura do paralítico, anuncia a Ressurreição de Jesus diante dos chefes do Sinédrio que, furiosos, queriam matá-lo.
Ele foi proibido de pregar em nome de Jesus, mas continuou a proclamar o Evangelho porque – afirma – “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”. Este Pedro “corajoso” – disse o Papa Francisco – não tem nada a ver com o “Pedro covarde” da noite da Quinta-feira Santa, “quando, repleto de medo, renega o Senhor três vezes”. Agora, Pedro se tornou forte no testemunho. “O testemunho cristão – observou o Papa – tem o mesmo caminho de Jesus: dar a vida”. Num modo ou no outro, o cristão “coloca a vida em jogo no verdadeiro testemunho”:
Coerência cristã
“A coerência entre a vida e aquilo que vimos e ouvimos é justamente o início do testemunho. Mas o testemunho cristão tem outro aspecto, não é somente de quem o dá: o testemunho cristão, sempre, é feito por duas pessoas. ‘E desses fatos somos testemunhas nós e o Espírito Santo’. Sem o Espírito Santo não há testemunho cristão. Porque o testemunho cristão, a vida cristã é uma graça, é uma graça que o Senhor nos dá com o Espírito Santo”.
“Sem o Espírito”, ressalta o Papa, “não conseguimos ser testemunhas”. A testemunha é aquele que é “coerente com aquilo que diz, com o que faz e com o que recebeu, ou seja, o Espírito Santo”. “Esta é a coragem cristã, este é o testemunho”:
Mártires
“É o testemunho de nossos mártires hoje. Muitos, expulsos de suas terras, deslocados, decapitados e perseguidos, têm a coragem de confessar Jesus até o momento da morte. É o testemunho daqueles cristãos que vivem sua vida seriamente e dizem: ‘Eu não posso fazer isto, eu não posso fazer o mal ao outro; eu não posso trapacear; eu não posso conduzir uma vida pela metade, eu devo dar o meu testemunho’. E o testemunho é dizer o que viu e ouviu na fé, ou seja, Jesus Ressuscitado, com o Espírito Santo que recebeu como dom.”
“Nos momentos difíceis da história”, sublinha o Papa, se ouve dizer que “a pátria precisa de heróis. Isso é verdade. É justo”. Mas do que a Igreja precisa hoje? De testemunhas, de mártires”:
“São as testemunhas, ou seja, os santos, os santos de todos os dias, os da vida cotidiana, mas com coerência, e também as testemunhas até o fim, até a morte. Estes são o sangue vivo da Igreja; estes são aqueles que levam a Igreja adiante, as testemunhas; aqueles que atestam que Jesus ressuscitou, que Jesus está vivo, e o testemunham com a coerência de vida e com o Espírito Santo que receberam como dom.”
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