ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate
Que conceito bonito este de que a família é a Igreja doméstica! “Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial, como lares de fé viva e irradiante. Por isso, o Concilio Vaticano II chama a família, usando uma antiga expressão, de ‘Eclésia doméstica’. É no seio da família que os pais são ‘para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé. E favoreçam a vocação própria a cada qual, especialmente a vocação sagrada’” (Catecismo da Igreja Católica, n° 1656).
O lar cristão é o lugar em que os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de “Igreja doméstica”, comunidade de graça e oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã (Catecismo da Igreja Católica, n° 1666).
Os pais são os primeiros a transmitir a fé, os valores cristãos e universais e uma boa educação para os filhos. Pai e mãe são mestres da vida; pela palavra e pelo exemplo, eles nos ensinam coisas que vamos levar para a vida toda, que vão influenciar nossas escolhas e, principalmente, formar a nossa consciência do bem e do mal. Serão os primeiros catequistas, que, muito mais do que ensinar, vão transmitir pela prática, porque os filhos os verão fazendo.
Eu mesmo poderia dizer da minha mãe e da minha avó quando as via rezar o terço diante da imagem de Nossa Senhora: “Era uma santa ouvindo o que a outra santa dizia!”. Meus pais imprimiram em mim muito mais do que traços biológicos e heranças hereditárias, qualidades e defeitos e o desejo de um futuro brilhante. Eles fizeram com que eu experimentasse o amor de Deus e a graça da fé. Quando ainda era criança, sem que eu entendesse, deram-me um banho de Água Viva, que me fez nascer de novo e me enxertou em Cristo Jesus. Dando-me assim o dom da imortalidade e a graça de pertencer a uma família muito grande: a Igreja!
Como explicar para as crianças e os jovens que, na Páscoa, o mais importante é a festa da vida que vence a morte? Que Cristo verdadeiramente foi morto numa cruz e que, por aceitar morrer assim, Ele nos libertou do pecado e nos salvou pela Sua Ressurreição? A Páscoa é uma festa de família, porque viver ressuscitado é saboroso como o chocolate, é cheio de vida como o ovo e é tão fecundo como um casal de coelhinhos. É preciso ter a coragem de celebrar a fé em família e ensinar o verdadeiro sentido de ser cristão.
Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da morte para a vida, é vencer o pecado e a morte. É também celebrar a vida com o sabor de um ovo de chocolate e mostrar ao mundo que o cristão precisa ser como o coelho: fecundo em virtudes, amor e santidade. É arrumar uma ceia e acender uma vela para convidar os amigos e parentes para se iluminarem com a luz de nossa fé. Uma fé que nasce e renasce constantemente no seio de nossas famílias. É ser criativo e pedir ao Espírito Santo que grave em nossos corações a graça e o verdadeiro sentido dos símbolos pascais:
O Círio Pascal: Representa o Cristo Ressuscitado, que deixou o túmulo, radioso e vitorioso. Na vela pascal ficam gravadas as letras Alfa e Ômega, significando que Deus é o princípio e o fim. Os algarismos do ano também ficam gravados no Círio Pascal. Nas casas cristãs, é comum o uso da vela no centro da mesa no almoço de Páscoa.
O ovo, aparentemente morto, é o símbolo da vida que surge repentinamente, destruindo as paredes externas e irrompendo com a vida. Simboliza a Ressurreição.
O Cordeiro: Na Páscoa da antiga aliança, era sacrificado um cordeiro. No Novo Testamento, a vítima pascal é Jesus Cristo, chamado Cordeiro Pascal.
O Coelho: Símbolo da rápida e múltipla fecundidade da Igreja, que está espalhada por toda a parte, reproduzindo fiéis: há um número incalculável de filhos de Deus, frutos da Graça da Ressurreição.
O Trigo e a Uva: Simbolizam o pão e o vinho da Santa Missa e, por seu grande significado com a Trindade Santa, traduzem, por excelência, o símbolo Pascal. Para a ornamentação da mesa de Páscoa, nada mais indicado que um centro feito com uvas e trigo, entre cestas de pães e jarras de vinho.
O peixe é o mais antigo dos símbolos de Cristo. Se Ele é o Grande Peixe, somos os peixinhos d’Ele. Isso quer dizer que devemos sempre viver mergulhados na graça de Cristo e na vida divina, trazidas a nós pela água do batismo, momento em que nascemos espiritualmente, como os peixinhos nascem dentro d’água.
Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!
FELIZ PÁSCOA!
Texto escrito por Padre Luizinho, sacerdote na Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova
Comments0