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A impressão reinante no país é de pedido de socorro. Parece que muita coisa está estrangulada, mal conduzida e sem direção. Basta observar como o povo está desorientado, sem esperança e se vendo como falido. Isso significa realidade de improdutividade, sem força para enfrentar os desafios da vida. É apenas no Brasil, ou o mundo todo caminha mergulhado na mesma situação?
A história registra uma sociedade que confiava mais em Deus e não se abatia diante dos impasses que iam surgindo. Isto é menos visível hoje e as preocupações estão muito concentradas na pessoa, no indivíduo, causando o individualismo dos últimos tempos, descartando a presença libertadora de Deus. Parece que ser cristão é ser desconectado com a mentalidade dominante.
O mundo não consegue entender que tipo de Messias é Jesus e não se deixa envolver pela prática da vida cristã. Chegam a dizer que a Bíblia é manipuladora e tira a liberdade das pessoas. Até chamam a Igreja, desonestamente, de “quadrada”, que ficou na história, prestando um péssimo trabalho para a humanidade. Pelo menos o passado não era tão superficial como hoje.
Existe uma cegueira tirando das pessoas a capacidade de olhar positivamente para o mundo. Ficar centrado na ambição de fama e de domínio significa estar cego, estar incapaz de perceber que a realização humana não depende apenas do indivíduo. Não é fácil libertar-se das ideologias dominantes e triunfalistas.
A maldade do mundo cega a vida as pessoas. Por isto, em várias circunstâncias, é preciso mudar de mentalidade para conseguir enxergar as possibilidades que permitam a construção de uma realidade nova e sadia. É quase que como dar um grito de pedido de socorro, que passa pelas decisões coerentes e pessoais.
O grito de socorro é por liberdade e paz. Disto ninguém fica de fora, nem quem caminha totalmente protegido por seguranças, porque a questão não se limita ao âmbito físico e humano. A sociedade está carente de uma segurança sobrenatural, de apoio em Deus, que supera toda força ideológica de hoje.
Por Dom Paulo Mendes Peixoto – Arcebispo de Uberaba (MG)
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