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Mais um mês que chega e com ele mais um desafio que nos é pedido. Neste mês, o desafio espiritual que será proposto a nós é REZAR PELOS MORTOS. Este é um hábito que todo católico deveria ter, e que, quase sempre, acaba passando despercebido ou então o católico só tem o costume de ir às missas de sétimo dia e depois esquece da alma de quem morreu. Pois fique sabendo que temos este compromisso de rezar pelos mortos, e isso é bem importante!
Tem muita gente por aí que tem medo da morte. Criou-se uma imagem, como daquela caveira com a foice que vem ceifar a vida das pessoas, como sendo algo ruim. E de fato, nos apegamos tanto a esta vida material que temos medo do que virá depois que partirmos para a eternidade. Santa Teresinha do Menino Jesus disse que “a vida é um instante entre duas eternidades”, tendo em vista que o tempo de Deus é muito diferente do nosso chronos, este período, longo ou curto, que passamos na terra é um instante que Deus nos dá para cumprirmos com a Sua vontade encarnando como homens e mulheres.
Mas, como a maioria de nós ainda não tem esta compreensão, a morte se tornou mesmo algo temível. Medo de perder alguém querido, familiar ou mesmo de ver sua vida terrena acabar. É uma aflição que todo mundo passa, às vezes até de forma velada, mas que sempre dá aquele frio na barriga só de pensar. Nosso desafio de hoje é rezar por estas pessoas que morreram.
A própria Doutrina da Igreja vai nos ensinar que este é papel de todo cristão. Rezar por quem já se foi. O Corpo Místico da Igreja é formado por três partes: IGREJA MILITANTE, IGREJA PADECENTE e IGREJA TRIUNFANTE. Estas três partes se complementam e mutuamente estão em comunhão. Forma-se aqui uma corrente de oração que sustenta a fé da Igreja Católica na comunhão dos santos, não compreendendo somente aqueles que foram canonizados e são conhecidos.
A IGREJA MILITANTE somos nós, que aqui estamos vivos militando na terra em busca da santidade. A IGREJA PADECENTE é composta por aqueles que já morreram e se encontram em uma situação que necessitam de purificação, o que nós chamamos de purgatório. E a IGREJA TRIUNFANTE são aqueles que já faleceram mas que já gozam as alegrias celestes na eternidade, pois em vida conseguiram fazer a vontade de Deus.
Esta relação entre as três Igrejas funciona assim: a Igreja Triunfante está em constante intercessão pela Igreja Militante (nós) e esta deve estar em constante oração pela Igreja Padecente, a fim de que haja a purificação que as almas esperam no purgatório. É aqui que vamos ver o tamanho da importância de nós rezarmos pelas pessoas que já faleceram, uma vez que não sabemos ao certo onde essa pessoa se encontra, se já na Glória celeste ou na espera por purificação.
Este deveria ser um costume diário, o de rezar pelos mortos. Tal purificação depende muito de nossas orações como Igreja Militante. Não ficando somente nas missas de sétimo dia, um mês ou um ano. Temos que oferecer nosso sacrifício todos os dias pelos que já foram, especialmente pelos nossos familiares antepassados. Ah, e não precisa ficar com medo porque morto nenhum vem puxar os pés de ninguém durante a noite!
– Perca esse preconceito de que a morte é algo ruim e que dá medo mexer com os mortos. A oração é a melhor coisa a se fazer por quem já faleceu. Esta alma lhe será grata.
– Lembre-se de seus parentes falecidos na hora da missa. Antes de começar e na oração que o sacerdote dedica às almas.
– Estimule no seu grupo de oração, grupo de jovens, este tipo de hábito. Uma oração comunitária pelos mortos também enriquece o espírito de um grupo e faz com que esse preconceito seja desmistificado.
Everton Lucas, Apresentador e estudante de comunicação, “Jovens de Maria”
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