ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Hoje está na moda o proselitismo religioso. Os lobbies ou pressões psicológicas e morais mostram verdadeira vontade de se “roubar” adeptos para determinadas religiões. Muitos cedem às pressões, aos “teatrinhos” feitos pela mídia, preparando-se pessoas para fingirem doenças e serem “curadas” para influenciarem os outros e ganharem adeptos para suas religiões.
O Papa Francisco, na sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” (Alegria do Evangelho) fala: “Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas ‘por atração’” (n.o 14).
De fato, a evangelização é fundamental para realizarmos a missão dada por Jesus, de anunciar sua pessoa e seu Evangelho a todos: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade” (Marcos 16,15). O testemunho de quem anuncia é vital para quem prega, sendo estímulo para a aceitação dos outros. Isto se dá quando a pessoa se empolga em seguir o Divino Mestre e mostra, na prática, a alegria e o benefício pessoal e social em segui-lo. A alegria do testemunho é fonte de atração para que outros queiram experimentar o mesmo. Os primeiros cristãos foram verdadeiro exemplo disso. Arrastaram multidões. A verdade é o que prevalece. Quem é “laçado” para um seguimento, vai provar depois muitos enganos e mentiras.
O mesmo Pontífice mostra nesse mesmo documento a necessidade e o desafio da ação missionária da Igreja como fundamentais para que a pessoa e o Evangelho de Jesus se tornem alimento realizador na vida das pessoas e de toda a humanidade. Mas precisam ser vividos e proclamados com profunda alegria. Ninguém gosta de “cara triste”! É preciso empolgar e mostrar o valor e a base da realização humana com o seguimento do Filho de Deus. Precisamos passar “de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”, lembra Papa com as palavras do documento de Aparecida (29-06-2007).
Se nos fecharmos em nossos redutos de grupos e comunidades não fazemos ser conhecido o que Jesus nos ensinou. Paulo não se cansou de anunciar por todos os cantos o Evangelho do Senhor. Foi perseguido, preso e até julgado por sua missão. Mas ele não cedeu e viveu ardorosamente a mesma missão depois de convertido. Precisamos todos de nos converter para assumirmos nossa missão de batizados e seguidores do Mestre. Nossa religiosidade só convencerá outras pessoas se realmente sairmos de nós mesmos e formos autênticos missionários! Acontecerá o que ocorreu depois que ouviram Filipe: “As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia” (Atos 8, 6). Nós hoje podemos convencer a muitos se nossa prática de vida for a do bem que fazemos ao semelhante e a toda a sociedade!
Por Dom José Alberto Moura – Arcebispo de Montes Claros (MG)
Comments0