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É bem provável que muitas pessoas se questionem sobre a origem e o significado do título “Três Vezes Admirável” utilizado pelo Movimento de Schoenstatt, por isso, dedicamos estas linhas buscando elucidar a questão.
A expressão “Mãe Admirável” pertence à tradicional ladainha de Nossa Senhora. Conta-se que no dia 5 de abril de 1604, enquanto o padre jesuíta Jacob Rehm, junto com um grupo de congregados marianos, rezava a ladainha, teve a inspiração de perguntar a Nossa Senhora qual título mais a agradava. Em sua experiência milagrosa, ele percebeu que o título “Mãe Admirável” era o maior louvor que se podia dar a Maria. Assim, após ter uma experiência sobrenatural, o Padre Rehm pediu que se cantasse três vezes essa invocação. A partir daquele dia, os jesuítas, ao rezarem a ladainha, repetiam três vezes essa invocação. Mais tarde, passaram a utilizar a expressão “Maria Três Vezes Admirável”. Esse título ficou associado à Congregação Mariana de Ingolstadt (na Baviera, atual Alemanha), fundada pelo Padre Jacob Rehm.
Mais tarde, em 18 de outubro de 1914, o padre palotino Josef Kentenich fez uma conferência à Congregação Mariana do Seminário de Schoenstatt (em Vallendar, na Alemanha) na qual revelou sua aspiração e fé convicta de que “a missão e a ação da mãe de Deus não terminaram com a sua vida terrena, mas continuam até ao fim dos tempos”. Assim, depois dessa conferência, os congregados marianos schoenstattianos, sob a orientação do Padre Kentenich, consagraram-se e puseram-se ao serviço da mãe de Deus.
Depois disso, em abril de 1915, os congregados de Schoenstatt tiveram conhecimento da Congregação Mariana de Ingolstadt, que no século XVII assistiu a um extraordinário florescimento da piedade mariana, exercendo uma ação apostólica considerável. Como em Schoenstatt, almejavam algo semelhante a Ingolstadt. Inicialmente, deu-se ao movimento nascente o nome de Paralelo Ingolstadt-Schoenstatt, hoje denominado Movimento Apostólico de Schoenstatt. Desse modo, herdaram da congregação de Ingolstadt o título de “Mãe Três Vezes Admirável”, que deram à imagem de Maria colocada na Capelinha de São Miguel. Assim, os congregados marianos desse movimento testemunham seu amor e veneração honrando Nossa Senhora com o título de “Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt”.
A partir desse novo santuário, originado na Capelinha de São Miguel, a mãe de Deus desenvolveu uma ação extraordinária no mundo todo. É interessante notar que em Schoenstatt, de modo diferente ao que acontece em outros lugares de peregrinação, Nossa Senhora concedia não somente a graça de curas físicas, também se manifestava como mãe e educadora do “homem novo”, na “nova criação em Cristo Jesus”. Assim, em Cristo Jesus, Maria, nossa mãe, opera milagres nas almas, como se costuma dizer em Schoenstatt.
De tal modo, quem vai a Schoenstatt, representada nos mais de duzentos santuários-capelas espalhados pelo mundo, tem a possibilidade de experimentar uma tríplice graça: a graça do acolhimento, a graça da transformação interior e a graça de fecundidade e missão apostólicas. Podemos, então, concluir afirmando que Maria, em sua plena comunhão com Deus, prossegue sua missão agindo de forma admirável.
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