ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Por Valdeci Toledo – seção “Consultório Católico”
“Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.”
Durante a celebração da Santa Missa, no momento em que o sacerdote derrama um pouco de água no cálice com vinho, ele reza em silêncio a seguinte fórmula: “Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade”.
É um rito simples, mas tem um grande significado, haja vista sua relação com Cristo e com a Igreja, ou seja, com Cristo e com a nossa humanidade. Isso nos leva a contemplar que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem; jamais nos cansaremos de afirmar essa realidade, pois é o fundamento da fé cristã.
Podemos fazer um paralelo desse rito da água e do vinho na celebração da Santa Missa com o primeiro milagre realizado por Jesus, transformando água em vinho nas bodas de Caná (cf. Jo 2,1-12). Consideramos que Jesus não está alheio às nossas necessidades, mas entende e participa plenamente de nossa humanidade. Para ilustrar isso podemos citar um trecho de uma homilia de São João Paulo II: “Eis que a água, nossa bebida mais comum, ganha pela ação de Cristo um novo caráter: torna-se vinho, portanto uma bebida, de certa forma, mais valiosa. O sentido desse símbolo – da água e do vinho – encontra a sua expressão na Santa Missa. Durante o ofertório, unindo um pouco de água ao vinho, pedimos a Deus por intermédio de Cristo participar da sua vida no sacrifício eucarístico” (São João Paulo II, homilia na Catedral de São Sebastião, Rio de Janeiro (RJ), em 4/10/1997).
A água e o vinho misturados nos mostram que a Santa Missa é um sacrifício de Cristo e da Igreja, é um memorial da paixão e da ressurreição do Senhor.
Santo sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo Salvador e inclui a oferenda da Igreja; ou também santo sacrifício da Missa, sacrifício de louvor, sacrifício espiritual, sacrifício puro e santo, pois realiza e supera todos os sacrifícios da antiga aliança (cf. Catecismo da Igreja Católica, 1.330).
“A Eucaristia é também o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa da oferta de sua cabeça. Com Cristo, ela mesma é oferecida inteira. Ela se une à sua intercessão junto ao Pai por todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também o sacrifício dos membros de seu corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho são unidos aos de Cristo e à sua oferenda total e adquirem assim um valor novo. O sacrifício de Cristo, presente sobre o altar, dá a todas as gerações de cristãos a possibilidade de estarem unidos à sua oferta.” (Catecismo da Igreja Católica, 1.368)
Assim, que essa união da água ao vinho nos leve a unir nossa vida à vida de Cristo, transformando-nos, para que possamos viver por Cristo, com Cristo e em Cristo.
Fontes consultadas:
Missal Romano: em veritatis.com.br, consultado em 10/6/2018.
Bíblia Sagrada Ave-Maria: edição de estudos. 2016, Editora Ave-Maria, São Paulo.
Catecismo da Igreja Católica 2004, Edições Loyola, São Paulo.
Comments0