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Nossa Igreja é uma grande família. O espírito fraterno nos leva a pensar nos outros, não somente em nós. Os pais estão sempre atentos à educação dos filhos, ensinando-lhes a não ser egoístas, a repartir os brinquedos, a oferecer aos outros, por exemplo, o doce que ganharam e a comportar-se na escola. Se alguém adoece, todos ficam preocupados e querem ajudá-lo a ficar bom; se há um passeio, a alegria pela novidade contagia a todos. Assim é a nossa Igreja: formamos um só corpo, com muitos membros, portanto, nossas orações, nossos sacrifícios espirituais e todo o bem que fazemos pela graça de Deus beneficiam-nos e ajudam a fazer crescer a santidade de toda a Igreja.
Por outro lado, se, por fraqueza, pecamos, nosso erro repercute negativamente em todos os nossos irmãos. Por isso, Jesus nos recomenda reiteradamente: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Notemos que esse é o mandamento que resume todos os outros, pois quem ama o próximo ama o próprio Deus presente em nossos irmãos. Quem ama uma pessoa não fala mal dela e não a julga se ela erra; não a prejudica, roubando-a; não adultera; apenas quer o seu bem e está pronto para servi-la, do mesmo modo como gostaria de ser servido; não se deixa levar pela preguiça e está pronto a interromper seus afazeres, sua diversão para ajudá-la. Além disso, não mente e sua sinceridade é percebida em seus próprios olhos.
Esse é o novo Céu e a nova Terra de que nos fala o autor do Apocalipse. Deus não ficará mais lá no alto dos Céus para abençoar quem é bom e castigar quem erra, como se pensava, mas habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Diante disso, poderemos nos perguntar: “Tanto faz ser bom quanto mau?”. A resposta é “não”, evidentemente. O Senhor irá atrás de quem erra, como bom pastor que busca a ovelha que se perdeu do rebanho, portanto, Ele caminhará conosco, enxugará as nossas lágrimas e alegrar-se-á conosco quando estivermos contentes. Ele não é mais o Deus que nos mete medo, como se pensava, mas se revela como um pai que cuida da sua família e que está atento a cada um de seus filhos, para que todos eles se salvem.
NOTAS MARIANAS
NOSSA SENHORA DA AJUDA
A primeira imagem de Nossa Senhora da Ajuda foi trazida para o Brasil pelos jesuítas a bordo da caravela principal da frota de Tomé de Souza, que aportou na Bahia no início da colonização portuguesa (1549). A imagem de Nossa Senhora da Ajuda foi retirada do navio e trasladada para uma capelinha de palha a ela dedicada, que em 1579 se transformou na Sé da Bahia. A devoção se espalhou por todo o território nacional.
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