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Para se referir a participar, o grego bíblico utiliza o termo koinoneo, traduzido por “compartilhar”, “ter parte em algo”, “participar de algo”, “fazer participar de algo”, “ser companheiro”, “ter e dar participação”. Ao mesmo tempo, o termo se remete a “comunidade”, “possuir conjuntamente”. A palavra deriva do conhecido conceito koinonia (“comunhão”, “relação”, “colaboração”, “cooperação”) e está associado ao aspecto de manter comunhão. Seu conteúdo e sentido empregado ocorrem com frequência nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Paulo. Em Atos 2, por exemplo, descreve-se o sentido teológico e espiritual do emprego da referência.
(…) Algumas observações que destacamos do que foi mostrado anteriormente: estavam todos reunidos em um mesmo lugar, homens e mulheres; o lugar remete a uma pequena comunidade de perfil doméstico; não estavam por estar, mas tinham um objetivo comum; o Espírito chegou para todos; na comunidade unida Deus envia sua bênção (Sl 133,3); o Espírito se entregou a todos, sem excluir ninguém, capacitando a todos de muitas maneiras para diversos mistérios em uma só missão; com sua manifestação, o Espírito não deixa igual nem as coisas, tampouco as pessoas: vieram o desprendimento e o desapego; As coisas eram de quem as necessitasse para um fim em consonância com a fé professada.
Pode-se interpretar que socorrer uma necessidade de um irmão era favorecer sua liberdade para que se entregasse inteiro à missão. Não se evidencia o orgulho sectário: mantinham-se constantes no ponto nevrálgico dessa unidade: ensinamento apostólico, partilha, oração… Essa comunhão e participação não estavam exclusivamente a serviço da mesma comunidade, mas à disposição do Senhor e de seu projeto: profetizar, converter, batizar, integrar para a salvação… Se há uma dimensão internamente comunitária, ao mesmo tempo parte do êxodo às periferias existenciais.
Em síntese, quando falamos de participação referimo-nos ao compromisso saudável dos primeiros cristãos que, a partir das pequenas comunidades, procuravam implicar-se com o Reino anunciado, vivido e prometido por Jesus.
Por Ir. Ângela Cabrera
Texto adaptado da edição de janeiro da Revista Ave Maria. Para ler os conteúdos na íntegra, clique aqui e assine.
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