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O Senhor quer que deixemos essa cultura individualista de lado, porque Ele nos quer melhores, nos quer diferentes
Podemos perceber na nossa sociedade uma enorme tendência a relativizar tudo. A situação se agrava quando vemos as coisas de Deus e da Igreja de Cristo sendo vividas de uma maneira qualquer. A maioria de nós se preocupa somente com a própria vida, com suas escolhas e conquistas, mas se esquece que o Senhor nos chama a sermos irmãos, missionários e pescadores de homens. Somos o corpo da Igreja, mas o que parece é que não nos sentimos parte dela. Temos dificuldade de entender e aceitar seus ritos e dogmas, sua doutrina. E, a cada dia, mais nos afastamos dela. Esse distanciamento significa afastar-se também de Jesus, dos Seus ensinamentos e do Seu convite à santidade.
As coisas do mundo são mais fáceis de serem vividas e entendidas; além do mais, estamos vivendo uma época em que fazer sacrifícios não faz sentido, ainda mais se estes forem em favor do irmão. Jesus nos chama a amar o próximo, mas acredito que estamos em uma situação que, muitas vezes, não conseguimos nem amar nem a nós mesmos.
Tive a graça de perceber que, durante muitos anos, estive mergulhada nessa cultura relativista, preocupada com minha vida, minhas vontades e escolhas. O que pude ver é que o Senhor quer que deixemos essa cultura individualista de lado, porque Ele nos quer melhores, nos quer diferentes. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus para sermos, de fato, assim. E Deus é o quê? Ele é amor.
Precisamos parar de achar que ser cristão católico é somente ir à Missa e assumir a missão de filhos de Deus. O primeiro passo para isso é colocarmos o Altíssimo como primeiro plano, deixar que Ele seja o Senhor da nossa vida. A partir dessa atitude, desse primeiro passo, muitas coisas mudam. São mudanças tão significativas que passamos a ter novos hábitos, novos amigos, gostos e novas percepções. Talvez, isso nos assuste, desperte em nós o medo da incompreensão, mas quando nos deixamos conduzir pelo Evangelho, pelos ensinamentos de Jesus e, consequentemente, pelo próprio Deus, nos tornamos pessoas novas. E essa nova pessoa vai passar por dificuldades, porque esse novo caminho é diferente do caminho de todos.
Ao longo da caminhada, perceberemos que o caminho correto é Jesus. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Entendendo isso, somos capazes de louvar ao Senhor e Lhe agradecer por todos os momentos da nossa vida, sejam alegres ou tristes, porque temos a certeza de que Deus quer o melhor para nós. E aquilo que não somos capazes de entender em determinado momento vai fazer todo sentido se perseverarmos no caminho correto.
O que precisamos é abrir o coração para o agir de Deus, deixar que o Espírito Santo nos conduza e nos ajude a caminhar com Cristo, para que um dia sejamos capazes de “renunciar a nós mesmos, pegar a cruz e seguir Jesus”. O mundo precisa de pessoas melhores, capazes de levar a Boa Nova a toda a criatura sem esperar nada em troca. Procurar ouvir a voz de Deus nesse mundo com tantos ruídos pode parecer impossível, mas com boa vontade, coragem e algumas renúncias estaremos aqui na terra trilhando o caminho para a eternidade, onde poderemos viver na Glória com nossa Mãe Santíssima e todos os anjos.
Esse Deus que se fez homem é digno de louvor, e tudo o que fizermos para ajudar o irmão, para sermos santos, é pouco para agradecer o amor que recebemos d’Ele. Peçamos sempre para que o Espírito Santo nos capacite e nos ensine a seguir pelos caminhos do Senhor, e que Nossa Senhora nos auxilie com a sua providência e nos ensine a ser obedientes como ela foi. Sem oração somos incapazes de ouvir Deus e fazer a Sua vontade. Estamos neste mundo, mas o nosso lugar é o céu; então, temos de cuidar da nossa vida e pensar naquilo que nos aproxima do Pai e que nos dá a salvação.
Um texto de
Karoliny Maria Sales Rodrigues
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