ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Segundo a tradição, os avôs maternos de Jesus são Ana e Joaquim. Porém dele s não encontramos nada na Bíblia. As únicas informações que temos sobre os pais de Maria são contados pelo Proto-Evangelho de Tiago, considerado um evangelho apócrifo (livros que não foram incorporados à bíblia por não serem considerados de inspiração do Espírito Santo). Este texto, escrito no século II depois de Cristo, fala dos momentos mais importantes da vida de Nossa Senhora: o matrimônio dos pais Joaquim e Ana, a concepção depois de 20 anos sem ter filhos, o nascimento e a apresentação ao Templo de Jerusalém. Todos esses acontecimentos são inseridos dentro do contexto histórico da cidade de Jerusalém.
Narra-se que Joaquim tinha sido reprimido pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Ana, sua mulher, já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, Joaquim retirou-se ao deserto para orar e meditar. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. O casal teria morado em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; foi lá que nasceu a menina que foi chamada de Miriam, que em hebraico significa Senhora da Luz, traduzido para o latim como Maria.
A devoção a Santa Ana e São Joaquim é muito antiga no Oriente. Eles são cultuados desde o início do cristianismo. No ano de 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de santa Ana em 26 de julho. Na década de 1960, o Papa Paulo VI juntou a essa data a comemoração a São Joaquim. Por isso, no dia 26 de julho se comemora também o “Dia dos Avós”.
Infelizmente nos quatro evangelhos, não temos nenhuma referência a genealogia de Maria. A genealogia de Jesus, que poderia ajudar a descobrir aquela de Maria, é detalhada no primeiro capítulo de Mateus, mas é construída em base à genealogia de José, que descende de Davi, como também sublinha Lucas 1,27. De Maria apenas se diz que era uma virgem, esposa de José e não se fala nada dos seus pais e nem da sua vida antes da anunciação.
As informações transmitidas pelos textos apócrifos suprem algumas lacunas que os Evangelhos deixam. Mas, é difícil dizer se os apócrifos transmitem fatos históricos ou são criações fantasiosas, no entanto, este material já não é considerado “leitura proibida”, como foi no passado, pois ajudam a entender a teologia e a vida das primeiras comunidades cristãs. Ao mesmo tempo, o leitor deve ser muito crítico, visto que dificilmente podemos fundamentar teorias históricas baseadas nesses livros. Mas, isso muitas vezes vale também para Bíblia, que não entende a história de modo empírico, como a interpretamos nós, mas como manifestações de Deus.
Confira também as frases do Papa Francisco sobre a importância dos avós.
Por Catequistas em formação
Comments0