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“A VIRGEM CECÍLIA LEVAVA SEMPRE NO CORAÇÃO O EVANGELHO DE CRISTO E DIA E NOITE FALAVA COM DEUS”
Santa Cecília, virgem e mártir
22 de novembro
As virgens são um testemunho evidente da presença de Deus entre os homens. É esse talvez o aspecto mais saliente da figura de Santa Cecília, mesmo que de histórico sobre ela não saibamos quase nada. Deve ter sido martirizada no século III, em Roma, lugar em que surgiu em sua homenagem, mais tarde, uma basílica. A sua passio efetivamente remonta ao século V ou VI e não dá garantias históricas.
Dela nos contaram… Devia pertencer à nobre família dos Caecilii, que com seu prestígio e as suas riquezas foi de grande ajuda aos cristãos durante as perseguições. Talvez por esse motivo a jovem Cecília, depois do martírio, foi deposta em um túmulo próximo ao dos bispos nas catacumbas de São Calisto, ao longo da via Ápia. A passio, rica de particularidades miraculosas, embora não conte a história real de uma pessoa, descreve bem o ambiente em que se movimentava a comunidade cristã de Roma sob as perseguições e revela também a estima que os cristãos tinham pela mulher, sobretudo pela virgem, em contraste com a mentalidade atual.
Naquele tempo uma menina recém-nascida, para ter direito a sobreviver, precisava receber o consentimento paterno. Depois permanecia sob o poder do pai até o matrimônio, quando recebia no marido, que lhe fora destinado pela família, o seu proprietário definitivo.
Na comunidade cristã, em vez disso, uma mulher, mesmo que nascida de uma escrava, tinha o direito de viver e, assim que chegava à idade adulta, tinha o direito de casar-se ou de permanecer virgem, sem ser constrangida nem pelos genitores, nem pelos pretendentes. Isso favorecia o matrimônio entre cristãos e incentivava também a escolha da virgindade pela elevada estima que esse estado de vida gozava entre os convertidos ao Evangelho.
Agir assim era relativamente fácil para as pessoas comuns, mas, quando se tratava de filhas de nobres, ricas e graciosas, sempre se apresentavam pretendentes até mais ricos e não raramente também prepotentes, e aí os interesses familiares e as paixões humanas conspiravam juntos contra as exigências de liberdade da fé cristã, que, além de tudo, era uma religião proibida.
Então, era preciso entrar em ação a força extraordinária da fé, que não raramente conduzia ao martírio, uma derrota aparente que com o tempo se transformou no triunfo do cristianismo. Com essa chave de leitura podemos admirar a passio de Cecília, escrita dentro dos cânones do seu gênero literário.
Texto adaptado da edição de novembro da Revista Ave Maria.
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