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Homem de oração, penitência e adoração, o santo que recordamos hoje morreu no dia 26 de maio de 1595 e deixou um grande testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e a alegria de seguir Jesus, “paraíso, paraíso, eu prefiro o paraíso”.
Felicidade, alegria e paz. Essas, assim como muitas outras palavras, sofreram mudanças de sentido e de significado no atual contexto de relativismo cultural em que vivemos. Porém, um fruto concreto que podemos perceber na vida de uma pessoa que de fato teve seu coração convertido a Deus, é que ela consegue mergulhar com profundidade no sentido real dos acontecimentos e das coisas deste mundo.
Por isso, os santos conseguiram, por meio de sua relação com Deus, mudar até mesmo o sentido ontológico das ações e das palavras. Quer dois grandes exemplos? O primeiro, o do grande apóstolo São Paulo, onde diante das ameaças de perseguição e morte, vai dizer: “Pois para mim, o viver é Cristo e o morrer para mim é lucro” (Fl 1,21). Paulo via na morte por fidelidade a Cristo uma coroa de honra e glória, sinal perfeito de vitória. Depois, temos a pequena gigante da Igreja, Santa Teresinha do Menino Jesus, que nos últimos tempos de sua vida, sentindo a proximidade da morte, vai dizer: “Eu não morro, entro na vida“.
Entre esses heróis que mencionamos, está São Filipe Néri. Ele é também um grande profeta da Igreja. Entre as mensagens que a vida deste gigante profetizou, está aquela onde ele aponta para o mundo a verdadeira alegria e a felicidade que não passa.
Esse santo nasceu em Florença, no dia 21 de julho de 1515, e teve sua páscoa no dia 26 de maio de 1595. Seu pai chamava-se Francesco e sua mãe, Lucrezia. Foi um grande sacerdote, de temperamento alegre e brincalhão, tanto que não demorou muito para se tornar conhecido por muitos como o Santo da Alegria. Tanto que, entre as coisas que gostava de dizer, uma em especial ficou bastante evidente: “Longe de mim o pecado e a tristeza!” Vemos na vida dessa santa alma esposa de Deus como, de fato, um fiel discípulo de Jesus consegue aprofundar ou mesmo mudar o sentido das palavras.
Filipe tinha uma capacidade particular de integrar e unir em si duas grandes características aparentemente inimigas uma da outra. Foi um grande e profundo místico, porém, com a lucidez e a capacidade reflexiva de um grande teólogo. Teve profundas experiências místicas, tanto que, já como sacerdote, foi envolvido por êxtases e levitações ao celebrar o sacrifício eucarístico. No final de sua vida, enquanto enfrentava uma grave enfermidade, partilhou com seus irmãos uma experiência de encontro com Nossa Senhora.
Um acontecimento em particular, entre tantos testemunhados por esse servo, foi a experiência que ocorreu nas catacumbas de São Sebastião. O Espírito Santo veio e o envolveu de um modo especialmente profundo. Segundo Filipe, o Espírito Santo, Paráclito de Deus, tomou diante dele a forma de uma bola brilhante e intensa, como um fogo reluzente. Entre as graças que ele e os que conviviam com ele notaram foi que, a partir desse momento, sua capacidade de amar a Deus e ao próximo cresceu, tanto que até mesmo seu coração ficou fisicamente maior.
Após esse mergulho na intimidade com Deus, Filipe disse um sim generoso ao seu Senhor. Tanto que deu início a uma bela obra de amor, marcada pelo serviço aos jovens, dando um testemunho de alegria, ousadia e criatividade. Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando-nos esse testemunho e mensagem de vida: “Renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria”.
Quando São Filipe Néri chegou a Roma, ele não era ainda sacerdote. Ele vivia em Roma, acompanhando e orientando peregrinos, principalmente os mais pobres que vinham visitar o Papa. Depois de ordenado, era um disputado confessor. Ele foi ainda o fundador da Sociedade de Vida Apostólica chamada Oratório, focada no auxílio a clérigos seculares que se dedicavam à educação e formação religiosa de jovens e a obras de caridade.
Que São Filipe interceda por nós, para que sejamos batizados pela graça de Deus e, assim, cresçamos na ousadia e na primazia dos jovens.
São Filipe Néri, rogai por nós!
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