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São João Maria Vianney nasceu em 1786, na cidade de Dardily, na França, em meio ao fervedouro da Revolução Napoleônica. Suas raízes são simples, de família camponesa e muito religiosa. Diz a história que sua primeira comunhão, por exemplo, foi dentro do celeiro, durante uma missa clandestina.
O jovem camponês precisou trabalhar no campo desde pequeno e, por isso, só foi para a escola quando abriram uma em sua aldeia. Vianney já tinha 17 anos e só então foi alfabetizado e aprendeu a ler e falar francês. Pouco depois, chegou a ser convocado para as tropas de Napoleão, mas desertou do exército por não se “encaixar” naquela realidade.
Desde pequeno, Vianney já sabia que queria seguir o sacerdócio. Entrou no Seminário Maior de Lyon, mas por sua formação tardia na escola, não tinha conhecimento suficiente de latim e enfrentou muitas dificuldades para entender e responder seus professores. Com a ajuda do Pe. Balley, Vianney seguiu então para um seminário privado, em Ecculy, perto de Lyon. E ali conseguiu concluir os estudos.
A maior parte dos relatos sobre a vida de São João Maria Vianney contam que foi sua vida de penitência, oração e sua moral que superaram suas dificuldades de aprendizado e permitiram sua ordenação sacerdotal em 13 de agosto de 1815.
Pouco tempos após ser ordenado, Vianney foi designado como pároco na pequena aldeia “pagã” de Ars conhecida pela fama de seus cidadãos frequentadores de cabarés, bailes, cheios de vícios e bebedeiras.
Ali, Vianney iniciou uma jornada árdua de oração, catequese e confissões não só para o povo de Ars, como também dos arredores. Alguns relatos contam que o padre chegava a ficar 16 horas dentro do confessionário e passava longos dias se alimentando apenas de batatas e ovo cozido. Essa era mesmo a sua grande missão: levar o perdão e a misericórdia divina para os fiéis.
Não demorou muito para que a pequena cidade de Ars ficasse conhecida como “o grande hospital de almas”. Um fato curioso é que o próprio João Maria Vianney vigiava e jejuava para ajudar os fiéis a alcançarem a redenção dos pecados. “Vou dizer-lhe qual é a minha receita: dou aos pecadores uma pequena penitência e o resto faço eu no lugar deles”, dizia.
Santo Cura d’Ars, como ficou conhecido, viveu até os 73 anos e até hoje é exemplo de santidade e dedicação para o povo e, especialmente, para os sacerdotes. Por isso, o dia 4 de agosto, dia em que Cura d’Ars faleceu é também o Dia do Padre.
O santo foi canonizado em 1925 pelo Papa Pio IX e os restos mortais de São João Maria Vianney descansam no Santuário em Arns.
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