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A frase abaixo do título é do Papa Francisco na Carta Apostólica Patris Corde, quando ele apresenta José com “coragem criativa”. A criatividade é o traço dos que têm o desejo da caminhada e é valorizada na vida profissional, cultural e familiar. Quando a situação é dramática é preciso tomar medidas também dramáticas, que podem superar os limites. Ora, José é expressão clara e intensa disso tudo.
O Papa Francisco associa a coragem e a criatividade, pois essas realidades estão, frequentemente, unidas. Para ser corajoso é preciso ter criatividade. O conformado não precisa de coragem, mas de resistência. E a criatividade impõe coragem, ousadia e ânimo, com muita força pessoal. O conservador mantém as situações do jeito que estão, mesmo se estiverem desabando, perdendo-se e morrendo.
Francisco apresenta questionamentos que são comuns a algumas pessoas, como este: por que Deus não intervêm, não muda a história, não age em favor dos bons? Ocorre que Ele intervém, sim, por meio das pessoas que estão também na história.
Ao lado de Maria e de José existe alguém que, como os grandes personagens do Antigo Testamento, fazem as coisas acontecerem: é José, ele é a intervenção de Deus naquela história.
O mundo parece o reino dos poderosos, cruéis e inimigos de tudo o que é frágil, fraco e pobre. O Evangelho nos propõe Deus agindo na pessoa dos pobres, sobre eles mesmos e sobre outros. Papa Francisco afirma que isso acontece também na vida de cada um dos fiéis, no quotidiano das escolhas e das ações. Ele afirma: “Se, em determinadas situações, parece que Deus não nos ajuda, isso não significa que nos tenha abandonado, mas que confia em nós com aquilo que podemos projetar, inventar, encontrar”. É aqui que Deus age, em nossa liberdade, inteligência e vontade. José teve liberdade para dizer “não”, para se acomodar, mas disse “sim”, assumindo a história, dando a sua contribuição. Ele teve a oportunidade de negar a sua compreensão, de permanecer nos velhos esquemas, mas teve inteligência e mudou, observou a situação, pensou e, nesse esforço, foi respondido nas revelações em sonhos. José poderia se acomodar em uma vida previsível, confortável e sem ir além de si, como muitos fazem na sociedade, no trabalho, na Igreja. Quantos que dizem “não” à convocação para um novo trabalho, um novo horizonte, acomodam-se e ficam vendo a vida passar? Isso é cômodo, agradável e não exigente. Mas não é o que faria José!
Francisco cita a coragem dos que levam um paralítico para ser curado por Jesus (cf. Lc 5,17-26). Eles o fazem por amizade, por identificar-se com quem precisa e sofre. O Papa indica que a criatividade que José expressa é também motivada pela vida de quem ele ama: Maria e Jesus.
No episódio da fuga para o Egito, José precisou de toda sua criatividade e coragem. A mudança de país, de língua, de cultura, de ambientes e da própria vida exige uma notável força, corajosa e criativa. As respostas rápidas aos desafios são os traços de José. O Papa lembra que, em cada ação de José, existe a resposta de prontidão, de rapidez, de generosidade.
Depois, Papa Francisco compara os sofredores e pobres da atualidade com os pobres da época de Jesus e com o próprio Jesus. Para o Papa, o Menino Jesus continua sendo perseguido, necessitado, sofrendo em cada exilado, o que leva José a ser o guardião dos necessitados.
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