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Onde houver alguma situação de injustiça, ali precisa estar a Igreja. A frase de Edison Costa resume o objetivo da Campanha da Fraternidade, estudada e vivenciada neste sábado, 28, no Seminário Arquidiocesano. O encontro, realizado no Colégio Bom Conselho, em Passo Fundo, reuniu cerca de 200 pessoas que refletiram o tema Fraternidade: Igreja e Sociedade. Em 2015 a Igreja do Brasil chega a 52ª edição da Campanha da Fraternidade, inspirada pelo lema Eu vim para servir.
Dom Antonio Carlos Altieri, arcebispo metropolitano, acolheu os presentes e deu abertura ao encontro. Na ocasião, o arcebispo afirmou: “Temos que descobrir a força que temos, mas essa força só se expressa na nossa ação. Queremos transformar a sociedade, mas com facilidade encontramos nas nossas estruturas, nos nossos ambientes e nas nossas práticas, atitudes diferentes daquelas que pregamos”. Para dom Altieri, a solidariedade precisa ser vista na prática. “Este ano o tema da Campanha da Fraternidade vem justamente provocar e mostrar que a Igreja está inserida em uma sociedade e, por isso, precisa olhar para as situações que necessitam de mudança. De verdade, não de faz de conta!”, ressaltou.
Os participantes do seminário contaram com a ajuda de Edison Costa, do Centro de Estudos Bíblicos de Porto Alegre, para se apropriarem ainda mais da temática da CF 2015. Segundo ele, esta é uma Campanha diferente. “Os bispos do Brasil, por ocasião dos 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, optaram por olhar para dentro da própria Igreja e avaliar a sua inserção na sociedade”, explicou. As palavras do Papa Francisco também são inspiração para a CF 2015. Em uma das ocasiões, o Pontífice falou sobre as atitudes que espera da Igreja em relação às pessoas que experimentam desorientação e um vazio interior na sociedade. Para ele, é preciso uma Igreja que não tenha medo de entrar na noite e no caminho destas pessoas, inserindo-se no seu deserto.
Edison provocou de forma especial para o protagonismo de cada um a partir da percepção e identificação dos pequenos e grandes problemas sociais. Para ele, é fundamental que cada um identifique as ações que pode provocar ou liderar. “Ser solidário já não está mais intrínseco em nós então precisamos nos preocupar com isso”, provocou.
Fundo de Solidariedade da Arquidiocese
Na Arquidiocese de Passo Fundo, o Fundo de Solidariedade está consolidado há 15 anos. Desde 2000, o Fundo já aprovou 181 projetos, investindo mais de 380 mil reais e beneficiando diretamente cerca de 28 mil pessoas. A Coleta da Solidariedade realizada no Domingo de Ramos, um fim de semana antes da Páscoa, forma os Fundos Diocesanos, Regional e Nacional de Solidariedade. Este ano, a coleta acontecerá no dia 29 de março em todas as paróquias da arquidiocese. Luiz Costella, integrante do conselho do Fundo de Solidariedade da Arquidiocese, reforça que é cada vez mais necessária a mobilização da comunidade para tornar o fundo conhecido. Tanto para aqueles que colaboram com doações como para os projetos comunitários que desejam acessar os recursos do FDS.
Por ASCOM Arquidiocese de Passo Fundo
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