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“Se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, assim façais também vós.” (Jo 13,14-15)
“Para seguir Jesus é preciso servir.” (Papa Francisco)
A primeira vocação humana é o chamado à vida. Ao recebê-la como dádiva, temos a missão de ser responsáveis por nossas vidas e corresponsáveis pelas vidas dos nossos semelhantes. A criação, da qual somos parte, conta-nos do amor divino. Olhamos ao nosso redor e percebemos a imagem do próprio Deus que nos cria à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1,26). De igual maneira somos convidados a cuidar de todas as formas de vida que constituem a nossa casa comum e, de algum modo, revelam a nós o poder criador de Deus, que é amor, cuidado e bondade.
O conhecimento e a experiência de Deus, que comunica seu amor a humanidade, cria e irmana em nós um só coração e deve nos levar ao amor comprometido com o Reino de Deus que é construído no meio de nós. Esse Reino acontece silenciosamente, em cada ação de amor, cuidado e serviço à promoção da justiça, da paz e da igualdade, assim como a semente cresce no silêncio fecundo da terra (cf. Mc 4,26).
O amor a Deus e o serviço aos irmãos estão interligados como o ar e o vento, ninguém pode dizer que ama a Deus mas não ama o seu irmão (cf. 1Jo 4,20). Servimos aos demais porque Deus nos chama a tomarmos parte na realização do seu projeto de amor e cuidado com a humanidade.
As vidas dos nossos semelhantes e toda a vida que constitui o nosso planeta necessitam que sejamos cada vez mais cireneus (cf. Lc 23,26) e samaritanos na vida um dos outros (cf. Lc 10,25-37), aprendendo de Jesus, aquele que se fez servidor da humanidade (cf. Mt 20,28).
Se hoje de alguma solidariedade somos capazes já é pura retribuição à tamanha bondade do Nazareno. Sua generosidade nos faz generosos. Sua misericórdia nos faz misericordiosos (cf. Mt 11,29).
A cada vez que promovemos um ato de boa vontade e cuidado repetimos o que o Cristo fez, fazendo por Ele e para Ele “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me” (Mt 25,35-36). Essa é uma das exigências para adentrarmos os Céus. Seremos cobrados pelas práticas de amor e serviço que fizemos aos nossos semelhantes. É por essas práticas que seremos reconhecidos como discípulos de Jesus.
A nossa condição humana nos põe diante da mesma realidade, todos compartilhamos a existência com nossas dores e alegrias, sonhos, projetos e medos. O serviço é um pilar da cultura do encontro, significa inclinar-se sobre quem é necessitado e estender-lhe a mão, sem cálculos nem receio, com ternura e compreensão.
Peçamos constantemente ao Senhor que nos ajude a sermos sensíveis às realidades do mundo. De igual maneira, supliquemos a graça de sermos fiéis ao Evangelho do amor, do serviço e do cuidado com o Reino que está no meio de nós.
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