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Deus manifesta seu carinho e cuidado pela criação e por Seus servos. Neste tempo, o Senhor nos enviou um servo muito querido e estimado até pelos não cristãos, Papa Francisco. Ele nos presenteia com seus discursos e reflexões, com uma vida cristã que transborda Jesus e Sua misericórdia.
O Papa, por inspiração divina, anunciou o Ano da Misericórdia. Mas que ano é esse? Como devemos vivê-lo? Dentre tantos passos apresentados por Francisco na bula Misericordie Vultus (O Rosto da Misericórdia), posso ousar em elencar dez conselhos.
1) Reconhecer a misericórdia do Pai em Jesus é o tema do Ano Santo: “Misericordiosos como o Pai”. Logo no início da bula, Francisco ensina: “Jesus Cristo e? o rosto da miserico?rdia do Pai”. Mas como imitá-Lo em Sua misericórdia? Por meio do Filho, Jesus, reconhecer a misericórdia do Pai. Com o olhar no Cristo, é possível verificar que Deus é Pai, misericórdia, amor e vida, Ele é Emanuel, o Santo. O primeiro conselho é reconhecer o Pai no Filho e seguir o que Ele ensinou e viveu.
2) Se é possível ver a misericórdia do Pai no Filho, se Ele é Santo, o segundo conselho é reconhecer-se pecador. No entanto, a misericórdia do Senhor é para todos, não podemos temê-Lo, mas confiar que Ele não se cansa de perdoar. “Nós é que nos cansamos de pedir perdão”, já frisou o Papa em seus ensinamentos. Reconhecer-se pecador é o mesmo que dizer “sou alvo da misericórdia do Pai”.
3) Ir em busca do perdão. O Papa ressalta que é tempo de misericórdia; então, é tempo de buscar o sacramento da reconciliação, fazer um bom exame de consciência, estar arrependido, ter a firme resolução de não pecar mais, confessar e viver uma vida nova em Cristo. Francisco chamou à atenção os confessores e sacerdotes, para que tenham um especial cuidado de acolher, orientar e perdoar os penitentes.
4) Nesse Ano da Misericórdia, a Igreja oferecerá abundantes graças aos fiéis, oferecerá indulgências e o perdão dos pecados devido às suas consequências. Perdão para si ou para algum falecido. Quem poderá recebê-lo? Aqueles que estiverem em estado de graça, que participarem da comunhão eucarística, rezarem pelo Papa e fizerem uma peregrinação passando pela Porta Santa.
5) A misericórdia não é algo abstrato, mas muito concreto como o amor de mãe, ou seja, provém do íntimo de Deus, ensina o Papa. A mãe ama com carinho, afeto e, ao mesmo tempo, com firmeza e verdade; assim, Deus nos ama e nos convida a fazer o mesmo.
Diante da misericórdia que se recebe, como concretamente traduzi-la?
6) Concretamente, o Papa recorda algo que a Igreja ensina e vive há muito tempo: as obras de misericórdia, que podem ser espirituais e corporais. As obras de misericórdia espirituais são: instruir, aconselhar, corrigir, perdoar e ter paciência. Já as obras de misericórdia corporais são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir o nu, dar abrigo a quem não tem, visitar os doentes e presos, sepultar os mortos, praticar a justiça e dar esmola.
7) Anunciadores da misericórdia, a Igreja deve ser porta-voz da misericórdia do Pai. Francisco recordou São João Paulo II, quando este, na sua encíclica Dives in Misericordia, falou sobre o esquecimento dessa palavra e atitude: agir com misericórdia. Neste mundo, a Igreja tem a missão de chegar ao coração e à mente de cada pessoa com a misericórdia divina. A Igreja, claro que não apenas as pessoas que fazem parte do clero ou fizeram algum tipo de voto, mas todos os batizados e ungidos pelo Senhor são instrumentos, são os braços, os pés, as mãos do Senhor. O clero e os leigos, juntos, revelam o Rosto da Misericórdia.
Por fim, acredito que poderíamos elencar outros conselhos e passos a serem dados, pois estes nos ajudam a tomar posse desse Deus Pai Misericordioso, que enviou Seu Filho e, assim, revela-nos seu Rosto de Misericórdia. O Senhor, Pai da Providência, concede-nos, neste tempo, a graça por meio da Igreja, de seu servo o Papa Francisco, que conta com tantos outros servos que, banhados pela misericórdia, só podem responder com misericórdia. Que a nossa resposta hoje e sempre seja de misericórdia com palavras e gestos concretos.
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