ACONTECE NA IGREJA Amor Bíblia Carmelitas Carmelo Catecismo Catequese Catequista Catequistas CNBB Coronavírus Deus ESPAÇO DO LEITOR Espiritualidade Espírito Santo Eucaristia Família Formação Fé Igreja Jesus juventude Maria MATÉRIA DE CAPA Natal Nossa Senhora do Carmo O.Carm. Ocarm Oração Ordem do Carmo Papa Francisco Pentecostés provocarmo Páscoa Quaresma Reflexão SANTO DO MÊS Sociedade Somos Carmelitas somoscarmelitas São Martinho Vida vocacional Vocação vocação carmelita
Ao iniciar o novo ano, no primeiro dia a liturgia celebra Maria como Santa Mãe de Deus, pois ela deu à luz Jesus, o Salvador. Jesus, com sua vida, morte e ressurreição, venceu o mal em sua raiz. A Solenidade da Divina Maternidade de Maria, Theotókos, traz em si o grande anúncio que é para toda a humanidade: “Hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11). É motivo de jubilo. Toda a história está sob o senhorio de Jesus Cristo.
A grande alegria é o nascimento de uma criança. É a afirmação de que Deus se fez carne por obra do Espírito Santo. Nesse acontecimento, “os pastores foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura” (Lc 2,16). Na divina maternidade de Maria, Jesus, sem deixar de ser divino, assume a condição humana. A plenitude da bênção de Deus alcança toda a humanidade. Ao nascer, une-se a toda ela. Assim como os pastores, todos são chamados a ir ao encontro do Senhor, ou seja, humanizar-se no amor. Em cada ato de amor, a pessoa se faz mais humana a exemplo de Jesus e coloca em prática o seu mandamento: “Amai-vos como eu vos amei” (Jo 13,32).
Em Cristo, a plenitude da revelação do que é ser verdadeiramente humano. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II, no número 22, assim expressa: “Na realidade, o mistério do homem só se torna claro verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado (…). Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre a sua altíssima vocação”.
Em seu encontro com a criança, os pastores louvam e glorificam a Deus: “Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito” (Lc 2,20). A alegria que sentem torna-se a característica cristã.
O Papa Francisco, ao escrever a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, convida e encoraja todos os cristãos a viver essa mesma experiência quando nos diz “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento” (1).
O sinal dado aos pastores para o reconhecimento do Salvador é que Ele está “deitado na manjedoura”. É bastante significativo, pois a manjedoura é o lugar onde o alimento é oferecido. Na Eucaristia, Jesus se faz alimento, entregando sua vida para que todos tenham vida em abundância (cf. Jo 10,10).
Na celebração da Eucaristia, realiza-se o encontro com Jesus, o Deus Salvador, que nos alimenta com a sua Palavra e com o seu corpo e sangue e nos envia em missão para que a mesa da vida seja para todos sem discriminação ou desigualdade em tudo aquilo que compõe a vida.
A criança, ao ser apresentada, recebe um nome: “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,21). Em hebraico, significa “Deus salva”. Deus salva, libertando a todos de toda escravidão.
No grande evento, Maria “conservava todas essas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2,19). Maria, a mãe do Filho de Deus, aponta a nós o caminho para todos os que desejam fazer um encontro pleno com seu filho, Jesus, que traz consigo a salvação para toda a humanidade.
O grande anúncio que se dá na noite de Natal deve preencher de sentido todos os demais dias do ano: “Nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11), chama-nos à fraternidade, pois em Jesus somos todos irmãos e irmãs, ao empenho na construção de uma história em que a justiça seja o elo forte, o amor seja a verdade absoluta a solidificar as relações e a vida seja plena para todos. Uma terra sem males.
Comments0