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O mundo contempla uma terrível guerra que acontece na Faixa de Gaza e o cristão não pode ficar alheio a tal realidade. No ímpeto do jovem estão a força, a coragem e a esperança por um mundo melhor e devem ser eles os primeiros a sonharem com a paz e a buscarem a cultura da paz.
Engana-se quem pensa que em nada pode contribuir para que cesse a guerra. A maior de todas as armas de que um ser humano pode munir-se é a oração, visto que ela alcança o coração de Deus e faz com que o sobrenatural intervenha no natural. Há uma oração que diz “O que não obtemos pelas nossas forças, a oração alcança com o socorro de Deus!”. Você já parou para pensar nisso? Tem rezado pela paz? Se cada pessoa redescobrisse o valor e, literalmente, o poder que tem a oração seriam bem mais os sonhadores, fazedores e construtores da paz, conforme canta o Padre Zezinho: “Sonhadores da paz, fazedores da paz, construtores da paz. Cristãos de um tempo diferente onde a gente tem que lutar. Se quer fazer alguma coisa pela paz a gente tem que lutar” (Sonhadores da paz). Sim, essa luta não tem outro meio de ser travada a não ser pela oração. É a oração que fará com que o mal da guerra não seja maior que o bem da paz.
Ao contemplar o cenário devastador da guerra em curso, quase que incitando uma Terceira Guerra Mundial, urge que as orações se intensifiquem. O Papa Francisco não tem medido esforços para conclamar os católicos e até mesmo os cristãos de outras denominações religiosas para rezar pela paz em Israel e na Palestina. “A guerra não resolve nenhum problema: semeia somente a morte e a destruição, aumenta o ódio, multiplica a vingança. A guerra apaga o futuro. Exorto os crentes a tomarem apenas um lado neste conflito: o da paz. Não com palavras, mas com a oração”, disse Francisco. A oração e a prática do jejum são os meios mais eficazes para chegar a Deus, o Príncipe da Paz, e certamente Ele já ouve esse clamor para que a paz volte a reinar no Oriente Médio e, consequentemente, em todo o mundo.
Todavia, vale lembrar que o que se tem visto é um mundo cada vez mais polarizado em todas as esferas e nesse contexto de guerra a polarização não deixou de ser evidenciada, seja pelas nações, seja pelos homens e mulheres de um modo geral. Há pessoas que defendem Israel enquanto outras defendem a Palestina. Isso está errado, o que se deve defender é o cessar-fogo e a volta da paz. A paz deve suplantar quaisquer posições ideológicas, doutrinárias, partidárias, geopolíticas etc. Para ser um sonhador da paz você não pode tomar partido, isto é, escolher um lado, a não ser a paz; para promover a cultura da paz, o cristão não pode dizer que defende “A” ou defende “B”, porque a guerra procedente de qual lado for nunca será uma alternativa para a paz. Guerra gera guerra; paz gera paz!
O cenário é desolador, com cenas que dilaceram os corações dos promotores da paz – basta ver e acompanhar em tempo real pelas emissoras de televisão ou pelas mídias digitais milhares de pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pelos interesses de determinados grupos e nações.
Enfim, mesmo em meio a todo esse caos que não faltem motivações para clamar pela paz por meio da oração e do jejum, pois Deus não está alheio a tamanho sofrimento e dor e, com certeza, os sonhadores da paz verão que ela não é uma utopia ou algo distante de si, ela começa quando se consegue rezar e pedir “Dai-nos, Senhor, a vossa paz!”.
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