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Ontem o site da Revista Sou Catequista deu início a uma série de três publicações de sugestões para o uso da Bíblia nos encontros catequéticos, correto?
Pois bem. Nesta quarta-feira, você poderá ler a segunda parte desse compilado, que traz dicas de utilização da Sagrada Escritura para crianças e adolescentes. Confira:
NA INFÂNCIA (dos 7 aos 8 anos):
a) Características da idade: fase marcante no desenvolvimento humano; ainda muito concentrada no seu “eu”; sente enorme necessidade de estima, de amor; aberta à contemplação, à admiração; gosta de ouvir o silêncio; aprecia símbolos, a expressão corporal, os bichos, tudo o que é vida; gosta de saber fazer as coisas, de rir e brincar, de aprender e decorar.
b) Quanto à imagem de Deus: prevalece a imagem do Deus grande, forte, que tudo sabe e pode, justo, santo, bom: do Deus da criação e dos milagres.
c) Quanto à Bíblia: A criança está na fase de alfabetização: boa ocasião para apresentar-lhe a Bíblia como livro bonito, importante, que os homens apreciam mais que qualquer outro. Pode-se contar como é que ela apareceu na vida do povo, como ela continua sendo importante para as pessoas aprenderem a resolver seus problemas. Usar cartazes, desenhos, expressão corporal. Deixe que as crianças vejam, toquem, perguntem, dêem palpite, façam.
Conte histórias de enredo curto, mantendo a tensão até o fim, narrativas simples, distinguindo claramente entre o bem e o mal. Evitar preconceitos a respeito de pessoas e tipos. O sofrimento e o mal, podem e devem ser abordados, mas de modo a inspirar confiança; a história terminará com a vitória do bem.
Cuidado com os aspectos chocantes da mentalidade infantil: histórias como a de Herodes(matança de bebês), de Caim(que mata o irmão), os pormenores da paixão de Jesus e outros textos semelhantes, são traumatizantes nesta idade. Enfim, narrativas bíblicas que impressionam negativamente a criança e amedrontam podem provocar antipatia pela Bíblia durante longos anos.
d) Sugestão de texto
-histórias de Abraão, Zaqueu, principalmente falemos de Jesus, amigo dos pobres e pequenos; de suas atitudes; de sua oração, de seus amigos.
-textos contemplativos: frases dos salmos e dos Evangelhos que exprimem alegria, louvor, agradecimento, confiança. Um salmo inteiro será cansativo demais, por isso, devemos escolher as frases mais falantes.
-textos sapienciais: dois excelentes repertórios são o Livro dos Provérbios e o Eclesiástico (não confundir com Eclesiastes que é muito pesado para essa idade).
NO FINAL DA INFÂNCIA (dos 9 aos 10 anos):
a) características: viva, ativa; interessa por aventuras, viagens, ação; gosta de ler, de estudar, de aprender; está mais socializada, o que lha dá mais segurança; quer saber os porquês – se o fato aconteceu mesmo; quer coisas concretas (não está mais ligado à linguagem poética, lendas e fábulas).
b) Quanto à Bíblia: tempo favorável para boas informações sobre o livro: como foi escrito, quando, por quem, para que, diversidade dos escritos; informações sobre o povo, a terra, os costumes; tempo de familiarizar-se com nomes e lugares da Bíblia; tempo de manusear a Bíblia: saber encontrar livro, capítulo e versículo; agora, mais que o desenho, serão apreciadas a montagem e a colagem de figuras; a expressão corporal será substituída pela encenação – não mera repetição do texto, mas a sua atualização.
c) Sugestão de textos: deverão ser concretos, movimentados. Boa ocasião para aprofundar a vida adulta de Jesus. Nos Atos encontraremos bons textos sobre comunidades primitivas.
Fala-se de Deus criador, da sua grandeza, conforme a Bíblia nos fala, mas sem usar a linguagem simbólica própria do Gênesis 1 e 2. Esses textos são difíceis para essa idade. Eles exigem uma boa formação do catequista também. Mas, são textos para serem usados com os jovens e não com crianças. Por enquanto, fala-se de Deus criador sem usar esses textos.
Os relatos de milagres e as parábolas de Jesus, ao contrário do que em geral se pensa, não são os mais indicados. A criança pode ficar com uma imagem deturpada de Jesus, como se ele fosse um mágico, parecido com os dos desenhos da televisão. Os livros de catequese mais atualizados não usam essas narrativas.
NA PRÉ-ADOLESCÊNCIA (dos 11 aos 12 anos):
a) Características: mundo infantil começa a desmoronar-se: questiona tudo; surge a consciência das próprias limitações; há uma nova volta para o próprio “eu”; é a época dos grupos solidários; da imitação dos adultos. Devido a uma série de fatores, principalmente os meios de comunicação social, está fase tem começado antes dos 11 anos.
b) Textos bíblicos: numa linha mais refletida, tomem-se as figuras de Jesus, Jeremias. Ainda não é tempo para anjos e demônios, lendas e insistência em milagres para não reforçar a mentalidade mágica, própria da idade.
Não perca, amanhã, a última parte da série de dicas de utilização da Bíblia para os encontros catequéticos. Até lá! 😉
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